Situação caótica da Avenida Renne Gianetti é discutida pela Associação de Moradores

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Por Tino Ansaloni Publicado em 18/06/2016, 22:19 - Atualizado em 18/06/2016, 22:19
Foto-Regina Morais, presidente da Associação de Moradores, fala durante reuniçao Crédito-João Paulo Silva Por João Paulo Silva Cansada de esperar por iniciativas do poder público, a Associação dos Moradores dos Bairros Saramenha de Cima, Tavares, Vila Santa Isabel e Vila Maria Soares convocou uma reunião na última quinta-feira (16), às 18h, para discutir a situação do trânsito da Avenida Américo Renê Gianetti. O encontro aconteceu na sede da associação, localizada na mesma avenida da cidade de Ouro Preto. Estiveram presentes moradores dos bairros, representantes da Polícia Militar e Guarda Municipal e o Vereador Wander Albuquerque. De acordo com a presidente da Associação de Moradores, Regina Maria Mendes Morais, “a situação é caótica e a comunidade está apreensiva, pois o número de carretas que passa diariamente pela avenida tem aumentando expressivamente, colocando em risco a vida dos moradores”. “Temos um processo em tramitação no Ministério Público, mas até agora ele não foi concluído. O risco de acidentes graves é iminente e já tivemos casos fatais envolvendo atropelamento”, lembrou Regina Morais. A luta pela solução deste problema já acontece há mais de 15 anos, mas até agora nenhuma providência foi tomada pelo Governo Municipal. Os moradores citaram também a ocorrência constante de direção perigosa, barulho excessivo. “A princípio o objetivo era fazer uma alça viária, mas a nossa reivindicação nunca foi atendida pelo Executivo Municipal. A situação está cada vez mais difícil. Carretas passam por aqui em alta velocidade e a população está muito preocupada”, completou a presidente. Os moradores vêm cobrando um posicionamento efetivo da Prefeitura Municipal de Ouro Preto, mas de acordo com eles, a mesma se mostra totalmente omissa à situação. “Esse é um problema de responsabilidade do município, mas a prefeitura nesta atual administração é totalmente ausente. Todos os projetos realizados com o intuito de resolver os problemas da Estrada Real foram esquecidos e engavetados pela atual administração”, afirmou Geraldo Mendes, nascido no Bairro e morador há mais de 40 anos. Diante do perigo iminente de acidentes no local, foi solicitado aos representantes da Guarda Municipal um maior envolvimento no bairro. “Fomos orientados pelo Ministério Público a impedir o tráfego apenas de carretas com mais de 16 metros. Até o momento, outros caminhões podem transitar livremente”, afirmou o Inspetor Mendes, da Guarda Municipal. Mendes ressaltou ainda a “alta demanda da Guarda Municipal em várias questões além do trânsito da cidade de Ouro Preto, o que impede o atendimento de todas as solicitações”. Membros da Polícia Militar também estiveram presentes na reunião. O Vereador Wander Albuquerque afirmou que “com o fechamento da Vale Manganês não faz mais sentido o tráfego de carretas na avenida”. Ele citou também “a importância de se averiguar juntamente ao Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais (DER/MG) a legislação vigente sobre a circulação de caminhões de grande porte na Estrada Real”. Albuquerque ressaltou ainda “a necessidade de se provocar uma audiência pública no Conselho de Transporte da Assembleia Legislativa do Estado de Minas” e se prontificou a apoiar e acompanhar as reivindicações dos moradores do Saramenha de Cima na condição de vereador da cidade de Ouro Preto. Após a Vale Manganês, localizada na Estação Rancharia, encerrar suas atividades em maio deste ano, os moradores do entorno esperavam que o trânsito fosse menos intenso, já que a Avenida foi o principal acesso à indústria eletrointensiva que, ao fechar suas portas, deixou centenas de pessoas desempregadas. No entanto, o problema não apenas deixou de ser resolvido, como se intensificou. “Motoristas carregando cargas pesadas, utilitários e até carros de passeio se utilizam do desvio irregular para fugir dos pedágios na BR 140”, afirmou Márcio Glicério Mendes, morador do bairro Saramenha de Cima. Ao final do encontro, a presidente da Associação, Regina Morais, falou dos objetivos traçados a partir do que foi discutido na reunião. “O nosso intuito é acabar com o trânsito pesado na região e devolver a tranquilidade aos moradores. Iremos atrás do Ministério Público e verificaremos as condições para a proibição do tráfego na avenida e daremos continuidade a este trabalho que se começou hoje. Para isso, contamos também com a cooperação do vereador Wander Albuquerque”. Ela ainda falou da descrença em relação ao atual Governo Municipal. “No começo desse governo nós tínhamos a expectativa de que o projeto da alça viária fosse concluído, porém ficou tudo apenas na conversa. Estamos prontos para a luta e não vamos parar enquanto não vermos melhorias”, finalizou a presidente.

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