Funcionalismo Municipal de Itabirito-MG faz paralisação devido falta de reajuste e diálogo com prefeito
Funcionalismo tenta debater problemas enquanto luta por reajustes salariais. Paralisação acontece na próxima terça-feira e Sindicato convoca categoria
Por João Paulo Silva Devido a recusa da Prefeitura Municipal em estabelecer um diálogo com a categoria, relacionado a reajustes para a categoria, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Itabirito (SINDSEMI), que atua diretamente com os trabalhadores, sindicalizados ou não, realizou na última terça-feira (17), uma Assembléia Extraordinária na Praça Dom Silvério, n° 20, Bairro Boa Viagem. A pauta da reunião foi a luta pela melhoria das condições salariais dos servidores públicos do município que, de acordo com o presidente do SINDSEMI, Roberto José Cesário, “se encontra defasado se comparado com algumas outras cidades da região”. Os trabalhadores reivindicaram, entre outras coisas, uma reposição de 15% no salário e o aumento do vale alimentação, que atualmente não passa de R$ 150,00 (cento e cinqüenta reais). Na noite da segunda-feira (16), um dia antes da assembléia, servidores ocuparam as dependências da Câmara Municipal e manifestaram pacificamente nos arredores da casa legislativa. “O direito de reajuste salarial é confirmado no plano de cargos e carreiras”, “Paralisação sem temer perseguição”, “Servidores na luta pelo reajuste salarial defasado”, eram alguns dos cartazes empunhados pelos trabalhadores. A falta de esforços do Executivo para criar novas possibilidades de diálogo com o funcionalismo é uma realidade em várias cidades da Região dos Inconfidentes. Sindicatos vêm se esforçando para estimular o Executivo a atender as necessidades apresentadas pelo funcionalismo. Servidores das cidades de Ouro Preto, Ponte Nova, Mariana e Ijaci, respaldados por essas entidades, são algumas que já tentam garantir o processo democrático de negociação coletiva em prol da valorização do servidor público municipal. Em fevereiro, o Sindicato dos Servidores e Funcionários Públicos (SINDSERV) da cidade de Mariana denunciou a prefeitura da cidade, alegando suposto reajuste abaixo do índice medido pelo INPC/IBGE, de 11,28%, e o descumprimento da Lei Orgânica Municipal. Enquanto isso na cidade vizinha, o Sindicato dos Servidores e Funcionários Públicos Municipais de Ouro Preto (SINDSFOP), apoiado por vereadores, tenta dialogar, até agora sem êxito, com o prefeito José Leandro Filho, que acionou a justiça e conseguiu liminar para travar a greve legítima do funcionalismo. Uma manifestação em frente ao prédio da Prefeitura Municipal de Itabirito está agendada para a próxima terça-feira (24). Neste dia os servidores públicos municipais da cidade irão paralisar as suas atividades. De acordo com o presidente do SINDSEMI, Roberto José Cesário, a prefeitura de Itabirito tem 2.700 funcionários. Para garantir a legalidade, o movimento deverá manter o número mínimo de 30% (trinta por cento) dos servidores em exercício, exigido por lei. Muitas vezes, perante a inacessibilidade do poder público, os movimentos sindicais optam por medidas mais urgentes como greves e paralisações. Roberto Cesário afirmou já ter perdido a conta das inúmeras vezes que em nome dos servidores, tentou um diálogo com a prefeitura. “O diálogo é nosso principal objetivo, como último recurso, optamos pela paralisação acreditando que isso chamará atenção do poder público municipal diante das nossas reivindicações”, acrescentou. “Não estamos lutando por nada além dos nossos direitos. Não estamos falando em aumento, mas em reajuste salarial que é um direito garantido por lei”, finalizou o presidente.
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