As cidade de Ouro Preto e Mariana já aderiram totalmente à greve dos bancários. Segundo o Sindicato dos Bancários de BH e Região, somente as Agências da Caixa Econômica Federal trabalham em atendimento exclusivo para pagamento de programas sociais e aposentadoria. Nas cidades de Ouro Preto e Mariana um sincicalista passa pelas agências verificando a adesão à greve. Segundo Carlúcio Ferreira de Alencar, na cidade de Mariana, a adesão da agência da Caixa aconteceu no dia 06, data da deflagração nacional e o restante dos bancos da cidade aderiram na data de ontem, 08/10. Em Ouro Preto, a maioria das agências também aderiu à greve no primeiro dia do movimento. Os serviços de pagamentos de contas, saques e outras movimentações posssíveis estão sendo feitas nos guichês de auto atendimento. A presidenta do Sindicato, Eliana Brasil, destacou que só uma greve forte garantirá uma proposta decente para as reivindicações dos bancários. "Desde 2004, a categoria vem conquistando aumento real ano a ano, fruto da organização e da luta nas ruas e nas unidades de trabalho. Não iremos ceder e fortaleceremos ainda mais nosso movimento. Para isso, é fundamental a participação de todas e todos nas atividades promovidas pelo Sindicato", afirmou. Com o mote "Exploração não tem perdão" e se utilizando dos "sete pecados do capital", a Campanha Nacional 2015 denuncia a pressão sofrida para o cumprimento de metas, o assédio moral, a falta de segurança e a falta de funcionários, que refletem também na qualidade do atendimento prestado à população. A Fedração dos Bancos (FENABAN) apresentou proposta, no dia 25 de setembro, de reajuste de 5,5% de reajuste para salários e vales. O valor foi rejeitado, pois, os bancários calculam 9,88% somente de reposição da inflação, além de requererem abono de R$2,5 mil. De acordo com balanço realizado pela Contraf-CUT, a greve teve um início forte em todo o Brasil. No primeiro dia da greve, 6.251 agências de bancos públicos e privados, além dos centros administrativos, tiveram suas atividades paralisadas. Reivindicações da categoria na Campanha Nacional 2015 -Reajuste salarial de 16% (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real). -PLR de 3 salários mais R$7.246,82. -Piso: R$3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese). -Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$788,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional). -Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral. -Fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade, combate às terceirizações e pela ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas. -Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos. -Pagamento de auxílio-educação para graduação e pós. -Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de vigilantes nas unidades, portas de segurança na entrada do autoatendimento, biombos, abertura e fechamento remoto das agências e fim da guarda das chaves por funcionários. -Igualdade de oportunidades, com o fim das discriminações nos salários e na ascensão profissional.
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