“A que ponto chegamos? 2.798 mortes em um único dia”, questiona a jornalista Priscilla Porto

Além de jornalista, Priscilla Porto é autora dos livros “As verdades que as mulheres não contam” e “Para alguém que amo – mensagens para um pessoal especial”. Priscilla também assina a coluna “Viagens Literárias”, no Jornal Voz Ativa.

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Por Priscilla Porto Publicado em 17/03/2021, 16:55 - Atualizado em 18/03/2021, 14:36
Foto-A jornalista e escritora Priscilla Porto / Crédito-Bruna Santos. Siga no Google News

“Nada está tão ruim, que não possa piorar.”

Esse é o ditado que poderia ter resumido a situação do nosso país, em dezembro de 2020 – mesmo depois de passados dez meses com explicações inúmeras - e muito claras, inclusive - sobre o que fazer para não sermos contaminados com o novo coronavírus. Ou pelo menos fazer o que podíamos, para tentar evitar a doença.

E olha que não era nada complicado hein: usar máscara, lavar as mãos ou usar álcool gel e se manter distante das pessoas.

E se o que precisasse ser feito, fosse difícil, então? Em que ponto estaríamos?

Há ponto pior do que o de 2.798 mortes por Covid, em um único país e em um único dia (16/03/2021)?

E a culpa é sim do Presidente da República e do seu desgoverno e descompromisso com a saúde e com a vida dos brasileiros.

Entretanto, até que ponto a culpa também é sua?

Afinal de contas, não é porque eu vejo o Presidente - com cara clara de cinismo e falta de empatia - sem usar máscara, que eu vou deixar de usar a minha. Mesmo estando diante de pessoas que não a usam ou que não se mantém distantes.

E não é porque eu vejo o Presidente provocando aglomerações ou passeando na praia - como se nada estivesse acontecendo no país - que eu vou promover ou ir a festas e eventos, cheios de gente sem máscara e também com posições claras de cinismo e falta de empatia.

Quantas pessoas ainda irão morrer porque o Presidente e o Ministério da Saúde não agilizaram a compra das vacinas? E ainda desdenharam de suas importância e necessidade?

Eu? Você? Alguém da sua família?

E quantas pessoas ainda irão morrer porque você também não faz o seu papel de parar de sair e de viajar sem objetivo - achando que o seu lazer e a sua necessidade “de espairecer em uma época tão difícil”, estão acima de todas as outras pessoas?

E quantas pessoas ainda irão morrer porque você também não usa a “bendita” da máscara (e com boca e o nariz cobertos, pelo amor de Deus!); e não higieniza as suas mãos, para pelo menos tentar com que você não contraia a Covid-19 e vá ocupar a vaga na UTI de quem não “fez por onde” pegar a devastadora doença?

“Nada está tão ruim, que não possa piorar.”

Ah, pode ficar pior sim! Você pode ser o número 9 da estarrecedora “estatística” acima.

Instagram Priscilla Porto: @priscillaportoescritora

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