Foto-Via Sacra do bairro São Cristovão, 2018.
Crédito-João Paulo Teluca Silva
A tradicional Via Sacra do Bairro São Cristovão já acontece há mais de 30 anos na histórica Ouro Preto (MG). A encenação religiosa, que reproduz as cenas da Paixão de Cristo na Semana Santa, luta para se manter viva, além de exercer um forte papel social no bairro ouro-pretano.
Veja o especial do Jornal Voz Ativa, da Via Sacra 2018
Mal acabou o Carnaval e lá está ela, Íris Maria Vieira, ou tia Íris, como também é conhecida na cidade, prestes a completar 67 anos e à frente do importante evento religioso. Se no passado ele acontecia somente no bairro, percorrendo poucas ruas, atualmente, a procissão, que já faz parte do calendário de solenidades da Semana Santa em Ouro Preto e conta com centenas de atores e figurantes, tomou proporções e exigências maiores do que os organizadores conseguem arcar.
Tia Íris conta que fiéis dos distritos de Santa Rita e Cachoeira do Campo, turistas e até mesmo alunos da UFOP têm participado anualmente, mas a demanda do evento religioso é cada vez maior. “Estamos aguardo que as pessoas se mobilizem, mas até agora está tudo muito parado. Só de guardas romanos, nós precisamos de 25 e até agora temos somente 8 voluntários”, conta.
Aqueles (as) que queiram participar da Via Sacra, homens, mulheres, crianças, independente de raça, idade ou qualquer outra peculiaridade podem procurar a Sede da Escola de Samba Acadêmicos de São Cristovão, situada à rua Professor Brito Machado, nº 6, ao lado da padaria do bairro, a partir das 19h. Uma taxa de R$ 10 é recebida para contribuir com as despesas, como o também tradicional café da manhã que acontece na Sexta Feira da Paixão, momentos antes de começar a procissão. Dona Íris enfatiza que também recebe doações de roupas dos ouro-pretanos que já participaram nas encenações nas paróquias do Pilar ou de Antônio Dias.
“Pedimos a colaboração de todos e todas que possam fazer parte desse ato de amor e fé em Jesus Cristo. Se Deus quiser teremos uma bela Via Sacra esse ano. Não vamos deixar que essa bela tradição se perca por falta de incentivo”, finalizou tia Ísis.
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