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Após um século, Ouro Preto-MG revive Procissão do Fogaréu

A procissão é uma encenação da prisão de Jesus no Monte das Oliveiras.

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Por João Paulo Silva Publicado em 20/04/2019, 13:06 - Atualizado em 04/07/2019, 23:06

Foto-Procissão do Fogaréu é resgatada em Ouro Preto-MG
Crédito-Ane Souz/PMOP

Centenas de pessoas acompanharam, na última quinta-feira (18), a Procissão do Fogaréu ou das Endoenças em Ouro Preto (MG). A tradição, que fazia parte das celebrações religiosas da Semana Santa no século 18, não acontecia há mais de 100 anos.

Logo após a celebração da Missa de Lava-pés, cerca de 40 fiéis, com vestimentas de origem medieval, representaram os soldados romanos conhecidos como Farricocos responsáveis pela prisão de Jesus, logo após a Santa Ceia, de acordo com a tradição cristã. Pelas ladeiras da cidade histórica, homens e mulheres, usando capuzes e vestes negras, carregaram tochas em uma encenação carregada de simbolismo, mistério e horror. O objetivo das roupas era reparar os pecados sem a necessidade de revelar a identidade em público.

Em entrevista ao Jornal Voz Ativa, dia 05 de abril, vésperas da Semana Santa em Ouro Preto, o cônego Luiz Carlos Cesar Ferreira Carneiro, pároco e reitor do Santuário de Nossa Senhora da Conceição comentou o resgate histórico do ato solene.

“Pesquisas históricas mostram que essa procissão não é realizada há mais de cem anos. Depois da instituição da eucaristia e da celebração do lava-pés, considerada a expressão do mandamento do amor, é realizada essa procissão que recorda a prisão de Jesus no Monte das Oliveiras. Essa é uma oportunidade para lembrarmos de todo o Seu sacrifício para nos salvar”, explicou o pároco.

A Procissão do Fogaréu percorreu aproximadamente três quilômetros. Com início no adro da igreja de São Francisco de Assis, chegou ao fim na igreja de Nossa Senhora das Dores.

Confira abaixo as imagens da procissão, todas de autoria da fotógrafa Ane Souz 

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