Associação de Magistrados dá apoio a Dra. Lúcia de Fátima na prorrogação da prisão de delegado investigado

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Por Tino Ansaloni Publicado em 15/05/2013, 20:58 - Atualizado em 15/05/2013, 21:09
Foto - Delegado investigado, de bermuda e camiseta como estava no dia do crime, durante reconstituição em Ouro Preto, feita no dia 26 de abril Crédito - Tino Ansaloni Na última segunda-feria, 13 de maio, a juíza Lúcia de Fátima, prorrogou por mais 30 dias, a prisão temporária do delagado Geraldo Toledo, suspeito de atirar na cabeça da namorada de 17 anos, na região de Ouro Preto-MG. A magistrada, responsável pela decisão, atendeu o pedido da Corregedoria Geral da Polícia Civil dando mais tempo para a conclusão das investigações. Numa carta enviada a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) na semana passada, o delegado investigado alega que está sendo alvo de perseguições de desafetos dentro da polícia e mantem a sua versão de que a menor tentou suicídio. Toledo segue preso na Casa de Custódia do Policial Civil, no Bairro Horto, Região Leste de Belo Horizonte. No dia do crime a polícia teria recebido telefonemas avisando que um casal discutia dentro de um veículo preto, na estrada sentido distrito. Pouco tempo depois, mais uma ligação, dessa vez de funcionários da Unidade de Pronto Atendimento da cidade, avisando que um homem teria deixado uma jovem, sem se identificar. O homem alegava que a menor teria tentado suicídio com um tiro na cabeça. O homem disse que iria até e delegacia de polícia e não mais voltou. O delegado acusado já responde a processo administrativo na Corregedoria da Polícia Civil por suspeita de irregularidade no licenciamento de veículos, quando era titular da Delegacia de Trânsito em Betim, além de já ter sido preso, em 2011, pela própria Polícia Civil quando era delegado na cidade de São Joaquim de Bicas, acusado também de irregularidades com veículos. Toledo, segundo a própria Polícia, pode ser expulso da corporação. O suspeito responde por nove sindicâncias, 10 inquéritos e dois processos administrativos, sendo que num deles é acusado de tortura contra um homem na cidade de Igarapé, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Leia a carta do Presidente da Associação de Magistrados de Minas Gerais de apoio a Dra. Lúcia de Fátima. A Associação dos Magistrados Mineiros (Amagis) solidariza-se com a juíza Lúcia de Fátima Magalhães Albuquerque Silva, da Comarca de Ouro Preto, e apoia integralmente sua conduta e atuação, que sempre foram pautadas na retidão, nas leis e na Constituição Estadual. Com relação ao pedido da Comissão de Direitos Humanos, da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), a magistrada cumpriu, rigorosamente, o que determina a Constituição Estadual ao acolher o parecer do Ministério Público contra a liberação do investigado, Geraldo do Amaral Toledo Neto, que é delegado e encontra-se preso, temporariamente, por determinação da juíza, para fins de apuração sobre denúncia de tentativa de homicídio, tendo como vítima a menor A. L. S. O parecer do Ministério Público aponta que não há previsão legal na solicitação feita pela referida Comissão. De acordo com a Constituição Estadual e Regimento Interno da ALMG, compete à Comissão convocar autoridades para prestar informações sobre assunto inerente as suas atribuições, e o suposto crime, do qual o delegado é investigado, não decorre de atos inerentes a sua função. Herbert Carneiro Presidente da Amagis

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