Leia “Trigêmeos fofoqueiros” na Coluna Valdete Braga

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Por Tino Ansaloni Publicado em 06/02/2016, 07:55 - Atualizado em 06/02/2016, 07:55
Por Valdete Braga Existe uma família que costuma dar muito trabalho em nossas vidas. São os trigêmeos Me disseram, Ouvi falar e Fiquei sabendo. Juntos ou separados, esses irmãozinhos fazem muito estrago. Chegam devagar, fala mansa, jeitinho amigável, infiltram-se em nossas vidas e, se não ficarmos espertos, acabam nos destruindo. Não é difícil cair na conversa deles. A vigília deve ser constante e a persistência é fundamental. Com tempo, experiência, e mantendo a calma, acabamos tirando de letra, mas até conseguirmos identificar e neutralizar as intenções destes três irmãos, precisamos percorrer uma longa estrada. Estes trigêmeos não são nada fáceis. Gostam de jogar com a vaidade das pessoas. “Me disseram” que seu colega está de olho no seu cargo, é super comum. Gostam também das mais variadas fofocas. “Ouvi falar” que seu namorado tem outra, “fiquei sabendo” que aquela que se diz sua amiga está traindo você, e por aí afora. A maneira mais comum de atrair este trio é você se sobressair de alguma forma. Eles não gostam de ver ninguém bem e são super ciumentos do sucesso alheio. Por sucesso entenda-se qualquer maneira de você estar bem. Fisicamente, financeiramente, socialmente, emocionalmente, não importa. O que os incomoda é o seu bem estar, independente de onde venha. Mas como o próprio nome diz, o Bem é sempre mais forte, e cair na provocação deles, ou não, depende unicamente de você. Os trigêmeos visam a faixa etária emocional e não a cronológica. Ficam atentos também às nossas vaidades e emoções, o que nos torna todos vulneráveis. Somos humanos, e o ser humano é, por si só, um ser vaidoso. Isto não é defeito. Torna-se defeito quando a vaidade extrapola o limite do sustentável, tornando-se mais importante do que a realidade vivida. Aí é porta aberta para os trigêmeos, e os danadinhos cabem em qualquer gretinha. Auto-estima, orgulho de ser quem é, amor a si mesmo, são fatores altamente positivos em nossa vida. Mas o orgulho exagerado vira arrogância, e a auto-estima que nos engrandece, quando se transforma em egocentrismo, nos diminui. É neste momento que os trigêmeos atacam. Quando vêem que estamos bem, eles começam a rondar. Se tivermos discernimento para viver o Bem sem querermos nos transformar no próprio, eles não encontram abrigo e partem para outro caminho, mas se estivermos na sintonia “eu sou”, “eu faço”, “eu aconteço”, eles tomam morada, sem cerimônia. Quando estes três baterem em nossa porta, temos duas opções: a primeira é,  afundados em nossa arrogância, acreditarmos neles e sairmos brigando com Deus e o mundo. A segunda é, com humildade e sabedoria, entendermos que cada pessoa vive a sua própria vida e fecharmos a porta. Quanto mais escolhemos a segunda opção, mais este triozinho vai perdendo a graça e seguindo outros caminhos. E já vai tarde.  

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