Com cruzes de madeira no solo e grande parte de trabalhadores, além de representações sindicais, aconteceu, na tarde de 10/12, na Praça Tiradentes, em Ouro Preto, um ato pelo não fechamento da fàbrica de alumínio Novelis, na cidade. Vários sindicalistas tiveram voz ao microfone e discursaram em relação a passivos ambientais e sociais que a empresa, segundo eles, deixará para trás. Segundo o Diretor de Política Sindical do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de São Julião, Roberto Wagner Carvalho, após todas as discussões, manifestações e reuniões já realizadas em torno do assunto, que vem se arrastando, houve um aumento da conscientização da sociedade em relação às questões, quando se construiu a Frente de Defesa de Ouro Preto. "Associações de Moradores, sindicatos, universitários, comerciantes e vários outros seguimentos da região de Ouro Preto se reúnem para levantamento de pautas que possam trazer melhorias para o bem comum" explica. Roberto comenta ainda que as ações da Frente servirão para tentar diminuir o impacto não só das demissões na Novelis, mas de um caos que poderá se abater sobre a cidade, região e estado de Minas no próximo ano. "A possibilidade de demissões da Rio Doce Manganês; a declaração de inconstitucionalidade da Lei Estadual 100/2007, com o desemprego iminente de cerca 78 mil trabalhadores da categoria; especulações sobre geração de energia elétrica, todas essas questões são discutidas pela Frente de Defesa de Ouro Preto, que na verdade não é somente temas da cidade, mas de todo um contexto". complementa Wagner. Um audiência, marcada para dia 18 de dezembro, na Vara do Trabalho de Ouro Preto, poderá trazer novidades quanto às questões previdenciárias, trabalhistas, ambientais e de saúde dos trabalhadores da Novelis. Após o manifesto, os participantes do ato na Praça Tiradentes foram para a Câmara Municipal, onde, mais uma vez, puderam discutir as várias questões.
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