SES-MG informa sobre Campanha Nacional de Vacinação contra Sarampo e Poliomielite e divulga boletim epidemiológico

Por João Paulo Silva Publicado em 01/08/2018, 21:03 - Atualizado em 02/08/2018, 13:34

Foto-Equipe do SES-MG em coletiva de imprensa na Cidade Administrativa, Belo Horizonte, nesta quarta-feira Crédito-Marcus Ferreira A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) realizou na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, nesta quarta-feira (01), uma coletiva de imprensa para falar da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e o Sarampo. Durante o período da campanha, que começa no dia 06 de agosto, todas as crianças menores de cinco anos devem ser levadas às Unidades de Saúde, alertou o Subsecretário de Vigilância e Proteção à Saúde, Rodrigo Said. Said explicou ainda que mesmo aquelas que já receberam as duas doses contra o sarampo (previstas no calendário vacinal), deverão tomar uma terceira dose de reforço durante a campanha. “Crianças menores de cinco anos, mesmo já tendo as duas doses da tríplice viral, que protege contra o sarampo, devem tomar uma nova dose de reforço. Diante dos casos confirmados da doença nos estados de Roraima e Amazonas, e da possibilidade de circulação e reintrodução do vírus em Minas, uma nova dose de reforço deve ser administrada”, disse. Ainda de acordo com o subsecretário, o objetivo da campanha é impedir o registro de casos de sarampo no estado e também a reintrodução da pólio. “A vacina é a principal estratégia de combate a essas doenças. Entretanto, percebemos uma queda nas coberturas vacinais nos últimos anos. A nossa expectativa com a campanha é aumentar essas coberturas e interromper qualquer cadeia de transmissão”, afirma. Informe Epidemiológico De acordo com o Boletim  Epidemiológico, atualizado nesta quarta-feira (01) pelo SES-MG, são 118 casos suspeitos notificados de sarampo, sendo 55 casos descartados e 63 em investigação, aguardando a pesquisa laboratorial para processamento das amostras pela Fundação Ezequiel Dias - FUNED-MG. Destaca-se, contudo, que as ações de notificação imediata, controle e bloqueio vacinal são independentes do laboratório e devem ser iniciadas a partir da suspeita da doença. O período de análise compreende de janeiro/2018 até a data de 27 de julho de 2018. Até o momento, não foram confirmados casos de sarampo em Minas Gerais. Clique aqui e acesse o Boletim epidemiológico do Sarampo (atualizado em 01/08/2018). Sarampo O boletim informa ainda que o sarampo é uma doença viral, infecciosa aguda, grave, transmissível, altamente contagiosa e comum na infância. A doença cursa inicialmente com febre, exantema (manchas avermelhadas que se distribuem de forma homogênea pelo corpo), sintomas respiratórios e oculares. No quadro clínico clássico, as manifestações incluem tosse, coriza, rinorréia (rinite aguda), conjuntivite (olhos avermelhados), fotofobia (aversão a luz) e manchas de koplik (pequenos pontos esbranquiçados presentes na mucosa oral). A evolução da doença inclui complicações infecciosas como sinusites, otites, pneumonia e encefalites, podendo chegar ao óbito. As complicações frequentemente acometem crianças desnutridas e menores de um ano de idade. A transmissão ocorre de pessoa a pessoa por meio de secreções (ou aerossóis) presentes na fala, tosse, espirros ou até mesmo respiração. Na presença de pessoas não imunizadas ou que nunca apresentaram sarampo a doença pode manter-se em níveis endêmicos, produzindo epidemias recorrentes. Pólio A poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, é uma doença infecciosa, altamente contagiosa, provocada pelo poliovírus. Em contato com o corpo humano, o vírus se multiplica no intestino podendo invadir o sistema nervoso central, levando a perda de massa muscular e paralisia. A transmissão pode ocorrer de pessoa para pessoa, por meio de alimentos e água contaminados ou pelo contato com gotículas de secreções como ao falar, tossir e espirrar. Apesar da pólio não ser registrada no país desde 1990, enquanto houver circulação do vírus, vacinal ou selvagem, em qualquer outro país há risco de reintrodução da pólio em nosso território. Isto porque a doença está presente em países da África, Ásia e Oriente Médio. A principal forma de prevenção se dá pela vacinação. Importância da Vacinação Pais e responsáveis devem levar as crianças até a unidade mais próxima, com o cartão de vacinação, para que o profissional de saúde possa avaliar a situação vacinal e a necessidade de ministrar novas doses. “A caderneta de vacinação deve ser tratada como um documento pessoal, que deve acompanhar a criança a todo o momento. Além disso, ela é necessária para que as equipes de saúde possam avaliar quais doses precisam ser administradas”, explica Rodrigo Said. A vacina tríplice viral se encontra disponível em todas as unidades básicas de saúde do Estado e protege contra o sarampo, a rubéola e a caxumba. Até o momento, Minas Gerais possui apenas 66,79% de cobertura vacinal referente a esta faixa-etária, o que é considerado preocupante, uma vez que a maior parte dos casos suspeitos de sarampo ocorrem em crianças, geralmente menores de cinco anos, que já deveriam estar com o esquema de vacinação completo. Além disso, o índice de complicações e óbitos também é maior neste grupo, informou a secretaria. A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e o Sarampo vai até 31 do mesmo mês, sendo 18 de agosto (sábado) o Dia D de Vacinação. Clique aqui (parte 1) e aqui (parte 2)  e confira o áudio completo da coletiva Este texto foi redigido a partir da publicação no site da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG)