Por Rômulo Giacomin Soares*
Dia de Clássico decepcionante, coisas me entristeceram no domingo de hoje. Foi no jogo em si, uma partida lamentável de assistir, tecnicamente fraquíssimo, pouco movimentado, com poucas jogadas ensaiadas. A questão é que o Atlético, mais uma vez, perdeu três pontos de maneira imatura enfrentando um Crüzeiro sem perspectiva com seus titulares. Deu para ver até pelo comportamento do treinador Mano Menezes no banco, o clássico era claramente uma partida para o Galo vencer.
Após todo o furdunço fora das quatro linhas sobre os ingressos para os atleticanos, a torcida esgotou os quase seis mil ingressos disponibilizados. Tudo para calar o Mineirão mais uma vez. Entretanto, um adendo, uma lástima, uma tragédia para qualquer torcedor ver gritos de cunho homofóbico de apoio ao fascista. JAMAIS, repito, nunca, de maneira alguma, se pode colocar posição fascista política para a arquibancada e bandeiras com representação atleticana. Revendo a história do clube que nasceu em 1908 por estudantes de classe média sim, mas pelas condições do futebol no país daquela época. Porém, atleticanos, não se esqueçam do nosso legado, ser o “Galão da Massa”, do povo, a seleção de Belo Horizonte que trouxe pobres e negros para assistir futebol.
Fui criado no Mineirão/Independência, sempre vi catadores de latinha entrando no estádio com dinheiro de vaquinha para o ingresso e apoiando, feliz por ser atleticano e externar isso da melhor maneira. Não envergonhem a torcida mais apaixonada do país, sejam e vivam o Atlético acima de suas posições políticas e ideologias elitistas. Ele não, aqui é Galo!
Voltando a partida, o Galo não estava estável em campo, perdia a bola constantemente, não se sentia à vontade para ter a bola no Mineirão. No primeiro tempo o Atlético chegou à cara do gol algumas vezes, em destaque com Luan que, para mim deveria ter ido com o pé e não com a cabeça (ou ombro). E Cazares que fez uma péssima partida. O “Camisa 10” tirou nota zero, não armou bem, não correu, não marcou e pior, sempre que recebia a bola para armar a jogada errava o passe. Que raiva fez passar o equatoriano.
Sim, pela primeira vez, terá corneta para Thiago Larghi. Partida covarde, sem ambição, sem organização de quem treina a semana inteira e pensa somente no Campeonato Brasileiro. Larghi errou, e muito, nas substituições e ficou num resultado medíocre. Terans entrou mal, até porque não era momento para ele entrar. Galdezani mal, e Edinho sem relevância. O Atlético, com as substituições, chegou a ver o rival melhor no segundo tempo. Sinceramente, esbanjo muitas, mas muitas críticas ao técnico alvinegro, não gostei de ver uma postura covarde de quem é inexperiente.
Saldo do empate sem gols é negativo para o Galo. Fica a dois pontos do Grêmio, que está em quinto, e a três do quarto lugar, Flamengo, que é nosso próximo adversário de confronto direto. Poderíamos estar muito melhor se não fosse nossa imaturidade, e que conserte os erros para o Maracanã, tenho certeza que o Atlético pode ser muito melhor que isso.
*Rômulo Giacomin Soares é estudante de Jornalismo na UFOP e escreve no blog ‘Filosofia Atleticana de Buteco’
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