Empilhamento a seco evitaria tragédias como a de Mariana-MG

Em visita, deputados conhecem tecnologia que substitui barragens de rejeitos como a que se rompeu em mina da Samarco.

Home » Empilhamento a seco evitaria tragédias como a de Mariana-MG
Por Tino Ansaloni Publicado em 18/04/2016, 20:24 - Atualizado em 18/04/2016, 20:24
Foto-A tecnologia utilizada pela mina em Ouro Preto consiste no uso de equipamentos de filtragem para retirar a umidade dos rejeitos Crédito-Pollyanna Maliniak/ALMG Tecnologia criada na Finlândia e produzida na China, que substitui as tradicionais barragens de contenção pelo empilhamento a seco de rejeitos da mineração, foi conhecida por deputados da Assembleia Legislativa de Minas Gerais nesta segunda-feira (18/4/16). Em visita à única mina do País que utiliza a técnica europeia para essa finalidade, localizada em Ouro Preto (Região Central do Estado), a Comissão Extraordinária das Barragens viu na aplicação uma possibilidade de se evitar riscos de tragédias como a que ocorreu com o desmoronamento da barragem de Fundão, em Mariana (Central), em novembro do ano passado. Segundo explicaram diretores e técnicos da mina durante a visita, a tecnologia consiste no uso de equipamentos de filtragem para retirar a umidade dos rejeitos, resíduos que sobram do beneficiamento do minério de ferro que será comercializado. O processo de filtragem permite retirar dos rejeitos mais de 80% da umidade que sobra após o beneficiamento. Ao passo que, nas barragens de rejeitos tradicionais, ocorre justamente o contrário. A umidade que fica nos rejeitos depositados nas barragens chegaria a 70%, gerando um nível elevado de água, como o que provocou o mar de lama que vazou com o rompimento da barragem de Fundão, da mineradora Samarco. Já com o novo método, uma vez secos, os rejeitos são compactados para o empilhamento, formando pilhas que, à primeira vista, lembram montanhas. Essa mesma tecnologia europeia, segundo explicaram os técnicos, já é comumente usada no Brasil para o beneficiamento do minério, mas até então não havia sido aplicada para o trato de resíduos. Fonte-

Deixar Um Comentário