Foto-Produção interrompida na mineradora Samarco Crédito-Eliseu Damasceno Um clima tenso pairava no ar, no dia 11 de novembro, na área conhecida como Germano, pertencente à empresa Samarco Mineração. Uma coletiva de imprensa foi marcada para o meio dia. Os veículos de comunicação receberam o convite por volta de 9h. Foi a 1ª vez que a empresa se pronunciou, após o desastre, do dia 05/11, quando duas barragens de rejeitos da produção mineral se romperam causando mortes de pessoas e animais e destruição ambiental com enorme comoção mundial.
Calcula-se que por volta de 60 milhões de metros cúbicos de lama tenham descido após o rompimento, destrunido subdistritos de Mariana e seguindo um caminho, antes cheio de vida, agora, morto e assolado pela lama, passando pelo Rio Doce causando danos ao meio ambiente, até que desague no oceano, pelo estado do Espírito Santo. Vários rios e cidades afetadas pela lama, que segundo a empresa, não contém resíduos tóxicos, mas que segundo ambietalistas, posssui quantidade de arsênio, soda cáustica e chumbo, estão sem fornecimento e tratamento de água devido ao ropimento. Antes da coletiva, já na portaria da empresa, um dos ônibus teve sua saída para a sala da coletiva atrasada. O miotivo foi um impasse entre a assessoria da empresa e equipe do programa de TV da Rede Bandeirantes CQC, que enviou repórter e câmera para a coletiva, mas, foram impedidos de entrar, sob alegação de que não estariam credenciados, mesmo estando de posse da pulseira de identificação de imprensa, disponibilizada pela empresa. Faziam parte da mesa durante a coletiva, O CEO da BHP Billiton, Andrew Mackenzie; o diretor Presidente da VALE, Murilo Ferreira e o Diretor Presidente da Samarco Mineração, Ricardo Vescovi. Diante de mais de 60 profisionais da comunicação entre Jornalistas, fotógrafos e câmeras, a consternação dos representantes da empresa era visível e a aflição por respostas dos profissionais da comunicação, que nem sempre vinham de forma direta, cada vez mais maior. Um grave erro de uma emissora de rádio local, cometido por volta de 11 horas causou uma enxurrada de mensagens para a nossa redação pelas redes socias, quando um locutor anunciou o rompimento de uma terceira barragem da Samarco, que foi ali de antemão desmentida. As palavras dos membros da mesa não foram o suficiente para tranquilizar os profisonais de impresa presentes, nem mesmo a população quanto á segurança da represa de Germano e nem mesmo de ações para diminuir os impactos. Até o momento, 8 corpos foram encontrados, entre eles de funcionários e de moradores de Bento Rodrigues, localidade mais afetada diretamente com a lama do rompimento. Como há vítimas não identificadas, 21 nomes continuam na lista de pessoas desaparecidas: 11 são funcionários e 10 pessoas cujos nomes foram informados por familiares.Ouça coletiva na íntegra, com perguntas dos repórteres [wonderplugin_audio id="95"]
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