Jovem de 19 anos que sofria agressões mata para não morrer

Por Tino Ansaloni Publicado em 23/04/2013, 15:22 - Atualizado em 23/04/2013, 15:35

Foto: Fato aconteceu na Rua 15 de agosto, na cidade de Ouro Preto-MG Crédito: Tino Ansaloni Curta no www.facebook.com/jornalvozativa Siga no twitter.com/jornalvozativa Na manhã de hoje, por volta de 09 horas e 30 minutos, na Rua 15 de Agosto nº 303, Jonatan Augusto de Oliveira da Silva, de 21 anos, sofreu um golpe de faca desferido por sua namorada, Camélia Marcelino, que segundo relato de familiares, se defendia de mais uma das frequentes agressões que sofria. Em conversa com nossa redação a mãe de Camélia, de 19 anos, Rosemeire de Souza Marcelino, explicou, enquanto sua filha prestava depoimento na Delegacia de Ouro Preto-MG, que a mesma vivia sob vigilância constante de seu namorado Jonatan, que era um rapaz agressivo, violento e ciumento. Rosemeire relata também que o rapaz já teria, há mais ou menos 15 dias, ameaçado a namorada através de um telefonema, feito para a sua sogra, dizendo que “a mandaria para o inferno se ela se separasse dele”. Além de estar desempregado - conta a mãe de Camélia - que quando sua filha ia para o trabalho, coisa que ela sempre fez, o rapaz desconfiava dda sua atitude e a ofendia verbalmente. Na manhã de hoje, após bater na sua namorada, Jonatan teria avisado que a mataria naquele momento, pegando uma faca de serra pequena na pia. Quando a faca caiu, Camélia, para se defender, golpeou Jonatan no peito. A mãe da jovem diz que, quando a viu, a abraçou e relatou que se não matasse, morreria. A mãe de Camélia relata ainda que o casal morava na casa de uma tia de Joantan que presenciava todas as situações que o rapaz criava e que já teria pedido à Camélia para ir embora dali, temendo que coisa pior acontecesse um dia. Rosemeire diz que essa tia do rapaz deu apoio, pois, acompanhava e sabia de seu sofrimento. Os familiares afirmam ainda que o rapaz era usuário de maconha e cocaína e vinha passando por problemas com vício. No momento da entrevista, Camélia aguardava a chegada de um advogado para sua defesa, enquanto era lavrado o boletim de ocorrência. A Policia Militar esteve no local do crime e também Policias Civis que fizeram a perícia na cena do fato. Numa primeira análise, o Delegado de plantão, Dr. Túlio Leno Goes Silva explica que a legítima defesa, nesse caso é possível de ser considerada, mas, ainda ouvirá o depoimento de todos os envolvidos para dar sua conclusão e o posterior andamento do inquérito. Um fato a favor de Camélia é o da apresentação espontânea, pois, a mesma não teria se furtado da aplicação da lei. Foi ela mesma, segundo a Polícia, que ligou pessoalmente para os policias e aguardou a chegada dos agentes, mostrando a cena do fato e relatando inicialmente como tudo teria ocorrido. O delegado decide ainda hoje se Camélia aguarda andamento do processo em liberdade ou se é presa.