Debate em comemoração ao Mês das Mulheres promovido pelo CRA LGBT+

O evento buscou refletir sobre a construção do ser mulher, passando por aspectos sociais, institucionais e biológicos.

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Por Ashley Ribeiro e colaboração de Juliana Rodrigues Publicado em 27/03/2024, 15:07 - Atualizado em 27/03/2024, 15:07
Foto — Reprodução. Crédito — Ashley Ribeiro. Siga no Google News

Atuante na comunidade, o Centro de Referência e Acolhimento (CRA) LGBT+ realizou o debate intitulado “O que é ser mulher? Reflexões para além da cisheteronormatividade”, em razão da comemoração do Mês das Mulheres, proposto pela Prefeitura Municipal de Ouro Preto, na última quarta-feira, 20 de março.

Aberta à participação da comunidade, a atividade foi conduzida pela coordenadora do CRA LGBT+, Ashley Ribeiro, pela pedagoga do CRA LGBT+, Anayra Alcântara, e pela professora de Direito e coordenadora da Ouvidoria Feminina da UFOP, Flávia Máximo.

O objetivo da mesa foi refletir sobre a construção do ser mulher, passando por diversos aspectos sociais, institucionais e biológicos. A atividade pretendeu levantar questões que refletem no dia a dia de seres lidos socialmente como mulheres, e também aquelas que carregam o peso de serem invalidadas.

Na intenção de romper com o enfoque comum a eventos voltados ao dia da mulher, que pautam a promoção de ações de beleza e o diálogo sobre a maternidade, a mesa de debate propôs uma reflexão acerca da construção social do gênero feminino.

Em sua fala, Ashley Ribeiro destacou como o gênero feminino é entendido por uma inteligência artificial (IA) nas seguintes perspectivas: Biológica; Psicanalítica; Bíblica; Societária; e pela própria IA.

Anayra Alcântara, por sua vez, ressaltou como as violências vivenciadas pelas mulheres são mascaradas pelo cuidado e reproduzidas de forma geracional, contribuindo para a manutenção da opressão de gênero, até mesmo entre mulheres.

Flávia Máximo contribuiu com reflexões sobre os direitos das mulheres, e como o gênero é utilizado enquanto forma de opressão e privilégio, estabelecendo normas sociais que ditam o ser mulher, a partir de papéis socialmente pré-estabelecidos.

Em síntese, a mesa abordou a necessidade de refletir coletivamente sobre a construção social de gêneros, compreendendo a diversidade dos mesmos e as experiências particulares vivenciadas, a fim de contribuir para o fortalecimento do debate e o combate à opressão de gênero.

O CRA LGBT+ é mantido pela Prefeitura de Ouro Preto, vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania.

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