Foto-Presidente da Câmara Léo Feijoada (à esquerda) Provedor da Santa Casa Marcelo Oliveira (ao centro) e o consultor financeiro Giovanni Crédito-ASCOM CMOP Durante a reunião dos vereadores realizada terça-feira (9), a Câmara de Ouro Preto recebeu o provedor da Santa Casa, Marcelo Oliveira, para debater a situação financeira do hospital. “Estamos atravessando uma fase muito difícil. Precisamos dos recursos federais e estaduais que não foram repassados à Santa Casa e de aumento do repasse municipal”, afirma Marcelo. “Os médicos querem parar o atendimento a partir do dia 4 de outubro”, alerta o provedor. O hospital Santa Casa de Ouro Preto reúne atualmente 416 funcionários e 110 médicos. Possui 110 leitos, sendo 10 da UTI, 79 do SUS e 21 leitos para atendimento via convênios. “O pagamento dos funcionários está em dia, não há nenhum funcionário com pagamento atrasado. O que está atrasado é o repasse aos médicos”, esclarece Marcelo. De acordo com o provedor, a entidade registra grande atraso no recebimento de recursos do Estado e da União. A administradora da Santa Casa, Glauciane Gusmão, e o consultor financeiro, Geovanni Viggiano, também esclareceram dúvidas dos parlamentares e confirmaram a dificuldade financeira da entidade. Segundo a gestão da Santa Casa, além do atraso, os atuais valores repassados ao hospital são insuficientes. “A estrutura que é ofertada à população é muito grande, é muito boa, então teremos que correr atrás de financiadores. Acredito que além de Ouro Preto, as cidades de Mariana e Itabirito possam contribuir porque eles também utilizam os serviços”, afirma o provedor da Santa Casa. O secretário de Fazenda, Adriano Jardim, participou da reunião da Câmara e afirmou que a crise financeira é um quadro nacional. “O Município vem sofrendo o impacto que é de ordem estadual e também nacional na sua disponibilidade financeira. Realmente está ocorrendo uma série de ausências de repasses estaduais e federais”, afirma Adriano. Os vereadores debateram, também, a respeito da ampliação do tratamento oncológico do hospital que atualmente é um serviço exclusivo para convênio e atendimento particular. De acordo com Marcelo, é possível tratar os 149 pacientes de quimioterapia e radioterapia via SUS no Município. O custo estimado para o procedimento é cerca de R$ 86 mil mensais. “Convidamos o provedor da Santa Casa e ele informou que o governo Federal, o Estado e o Município, juntos, devem R$ 2,3 milhões ao hospital. Então vamos chamar o Conselho Municipal de Saúde e a secretária Sandra Brandão para encontrar o caminho para que a Santa Casa não volte a viver o caos”, afirma o presidente da Câmara, Léo Feijoada (PSDB). Fonte: Assessoria de Comunicação Câmara Municipal de Ouro Preto
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