Doença de Sjögren é síndrome rara que também pode afetar os pulmões

Cuidado no diagnóstico e decisão sobre o tratamento adequado é desafio para os médicos.

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Por JornalVozAtiva.com Publicado em 03/09/2024, 15:15 - Atualizado em 03/09/2024, 15:15
Imagem ilustrativa. Crédito — Reprodução / Freepik. Siga no Google News

A Doença de Sjögren é uma enfermidade autoimune rara que afeta principalmente as glândulas salivares e lacrimais, os sintomas mais notados são secura ocular e na boca associadas à presença de autoanticorpos produzindo um processo inflamatório que impede as funções normais. No entanto, a doença pode invadir outros órgãos e afetar também os pulmões, como acontece com outras doenças reumáticas.

A enfermidade é mais comum entre mulheres entre 40 e 50 anos, mas pode ocorrer em homens e também em qualquer idade. Não há muitos estudos sobre o tema, mas acredita-se que cerca de seis em cada 100 mil pessoas desenvolvem a doença, sendo que algo em torno de 20% dos pacientes apresentam complicações.

Segundo o reumatologista Alisson Pugliesi, membro da Comissão de Doença de Sjögren, da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), o profissional de saúde deve sempre lembrar da possibilidade da manifestação pulmonar no cuidado de seu paciente com Doença de Sjögren, uma vez de sua grande morbimortalidade.

“É preciso muito cuidado ao diagnosticar e antes de decidir sobre a terapêutica, distinguir a forma da doença pulmonar é crucial. Ao passo que para a doença intersticial pulmonar, o tratamento imunossupressor é indicado, na manifestação apenas de via aérea, a estratégia principal deve basear-se na broncodilatação”, alerta o especialista.

Uma das formas através das quais o pulmão pode ser afetado pela doença é o processo de inflamação ou formação de cicatrizes nas estruturas de suporte do pulmão, causando doença pulmonar intersticial (DPI) que tem como sintomas tosse seca e falta de ar, que pode ser facilmente confundido com outras enfermidades.

O tema será discutido pelo reumatologista Dr. Allison Pugliesi durante o 41° Congresso Brasileiro de Reumatologia, que será realizado em Belo Horizonte, na mesa redonda  Acometimento sistêmico da doença de Sjögren, no dia 20 de setembro.

O Congresso Brasileiro de Reumatologia 2024 será realizado entre os dias 18 e 21 de setembro no Minascentro, em Belo Horizonte. Organizado pela Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) é um dos maiores e mais importantes da especialidade no mundo. Contará com uma extensa programação científica com cursos, mesas redondas, conferências, simpósios, sessão de temas livres debatendo os principais temas da especialidade, além de encontro de pacientes, atividades culturais e premiações aos trabalhos e pesquisas mais expressivos sobre a Reumatologia no país na atualidade.

Doenças reumáticas no Brasil

Estima-se que as doenças reumáticas já afetam mais de 15 milhões de brasileiros. Em geral, provocam muitas dores nos pacientes e representam uma das maiores causas de afastamento do trabalho e de aposentadorias por invalidez. Entre as principais doenças reumáticas estão Artrite Reumatoide, Osteoartrite/Artrose, Espondiloartrites, Artrite Psoriásica, Lombalgia, Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), Fibromialgia, Osteoporose, Gota, Febre Reumática, Vasculites, Doença de Sjögren, Doença de Behçet e Esclerose Sistêmica (ES). Cada doença tem sua característica. A artrite reumatoide, por exemplo, é uma doença crônica e ocorre quando há uma alteração do sistema imunológico, que ataca as articulações.

Serviço

XLI Congresso Brasileiro de Reumatologia 2024
Data: 18 a 21 de setembro de 2024
Local: Minascentro | Belo Horizonte | MG
Confira a programação completa em XLI Congresso Brasileiro de Reumatologia (sbr.org.br).
@sociedadereumatologia @reumatologinsta www.reumatologia.org.br

Sobre a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR)

A Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) é uma associação civil científica de direito privado, sem fins lucrativos, fundada em 15 de julho de 1949, na cidade do Rio de Janeiro, pelos médicos Herrera Ramos, Waldemar Bianchi, Pedro Nava, Israel Bonomo, Décio Olinto e outros, tendo mantido desde então sua tradição científica, acompanhando e promovendo o desenvolvimento da especialidade no Brasil e com um importante papel também internacional, especialmente entre os países da América Latina. Filiada à Associação Médica Brasileira, conta em torno de 2 mil associados, congrega 26 sociedades regionais estaduais, assessorias e comissões científicas e representações em associações nacionais e internacionais e junto ao Ministério da Saúde.

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