Criminosos estão aproveitando a pandemia do coronavírus para roubar dados das vítimas

Narciso Maciel, diretor do Procon Ouro Preto, citou os principais cuidados para não cair em fraudes.

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Por João Paulo Silva Publicado em 26/08/2021, 12:43 - Atualizado em 26/08/2021, 12:44
Procon Ouro Preto
Foto – Fachada do Procon Ouro Preto. Crédito – Google. Siga no Google News

O Procon Ouro Preto faz um alerta para a ocorrência de golpes virtuais. Diretor do órgão na cidade histórica de Minas, Narciso Maciel gravou um áudio nesta quinta-feira (26/08) chamando a atenção para as práticas criminosas mais comuns nesse período de crise sanitária. De acordo com Maciel, os golpes, especialmente em função da pandemia, se diversificaram e, mais que nunca, é preciso que a população se atente a alguns cuidados envolvendo clonagens de redes sociais, roubo de dados, ofertas milagrosas e até mesmo fraudes incluindo bancos e instituições financeiras.

O diretor do Procon Ouro Preto explica que entre as práticas criminosas mais comuns está a clonagem do Whatsapp, onde um golpista diz que é representante de lojas, pousadas, bancos, oferecendo algum benefício e para essa concessão, o golpista solicita o número do celular e diz que vai enviar um código SMS. “Acontece que o código solicitado é de acesso ao Whatsapp e ao encaminhar, ele tem acesso ao aplicativo e a todos os contatos da vítima. Assim, começa a extorquir as pessoas e também usa os dados pessoais para praticar outros crimes”.

Outra ocorrência citada por Maciel diz respeito ao sistema instantâneo de pagamentos e já ficou até popularmente conhecida como “o golpe do PIX”. A fraude, explica o diretor, “acontece quando o golpista se passar por funcionário de uma instituição financeira e oferece ajuda para cadastrar, enviando um código e a vítima é induzida a fazer uma transferência via PIX”.

Os cibercriminosos são tão astutos que nem mesmo os bancos ficaram de fora dos crimes virtuais. “Nesse caso, podemos citar quando uma mensagem de SMS é enviada em nome de instituições financeiras para o celular da vítima, alegando o fechamento da agência bancária e solicitando que o cliente abra um link e preencha um cadastro com informações pessoais. Assim, são captadas as informações pessoais dos consumidores”.

Nos dias de hoje também ficou muito comum “comprar gato por lebre”, isso quando o produto anunciado e comprado é realmente entregue aos clientes. Nesse caso, Narciso Maciel chama a atenção para as páginas falsas de empresas bastante semelhantes às originais. “Páginas eletrônicas se passam por marcas conhecidas e oferecem propostas diversas, desde atualizar o cadastro dos clientes, até brindes e ofertas irresistíveis. Aí é enviado um e-mail em nome de um renomado site de comercio eletrônico ou companhia financeira que tenta induzir o cliente a clicar no link. Clicando, a vítima é direcionada para uma página web falsa”.

Os crimes na internet chegaram a um ponto que nem mesmo a Receita Federal está imune. Maciel conta que e-mails são enviados com o logotipo, aparentemente, da Receita Federal, informando que o consumidor tem uma dívida e precisa saná-la. “Além de roubar os dados das vítimas, o descuido pode causar vários danos aos clientes e infectar o computador com vírus”.

Narciso Maciel cita os principais cuidados para não cair em golpes e fraudes:

  • Desconfie sempre de ofertas muito vantajosas e produtos milagrosos;
  • Evite clicar em links enviados via e-mail e Whatsapp;
  • Antes de fornecer informações pessoais para realização da compra, certifique-se que o site é o correto;
  • Se for clicar em links de e-mails recebidos confira antes o remetente para ter certeza de que foi realmente enviado pela empresa;
  • As instituições financeiras não solicitam senhas nem atualização cadastral através de e-mail ou mensagem;
  • Caso receba algum comunicado solicitando, entre em contato imediatamente com a sua agência bancária.
Ouça a íntegra do áudio de Narciso Maciel, diretor do Procon Ouro Preto. Crédito - Reprodução.

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