Padre Fabrício Lopes é o mais novo sacerdote do clero marianense
Reunindo centenas de pessoas, dentre padres, diáconos, seminaristas, religiosos (as), fiéis leigos (as), familiares e amigos do neossacerdote, a celebração foi também um momento de júbilo e oração.
A Arquidiocese de Mariana acolheu no sábado, 10 de agosto, mais um sacerdote para o seu clero: o Padre Fabrício Lopes Fernandes. A cerimônia de ordenação presbiteral foi presidida pelo Arcebispo Metropolitano, Dom Airton José dos Santos, na cidade de Pedra Bonita (MG).
Reunindo centenas de pessoas, dentre padres, diáconos, seminaristas, religiosos (as), fiéis leigos (as), familiares e amigos do neossacerdote, a celebração foi também um momento de júbilo e oração pelas vocações: “A família é a base e o ponto de referência de onde nasce uma vocação”, falou Dom Airton no início da cerimônia.
Família: seio das vocações
De fato, a ordenação do Padre Fabrício é sinal de que a família é berço das vocações. O seu pai, Lautair Lopes Fernandes, é diácono permanente do clero marianense. “É difícil descrever o momento em que estamos vivenciando”, disse o Diácono Lautair, destacando a emoção em ver o seu filho ordenado presbítero no Dia do Diácono e à véspera do Dia dos Pais.
“Graças a Deus, sempre fui muito presente na caminhada vocacional do Fabrício e sempre incentivando, orientando e rezando pelo discernimento da sua vocação”, detalhou o pai do neossacerdote. Segundo ele, desde criança, o novo presbítero era atuante na vida da Igreja, servindo como coroinha e ajudando sua mãe, a senhora Elzi Martins Fernandes, na catequese.
Entretanto, foi somente após concluir o Ensino Médio é que o jovem se sentiu chamado ao sacerdócio. “Agora, depois de quase 11 anos de processo de discernimento vocacional, hoje ele é Padre Fabrício para a honra e glória de nosso Deus”, sublinhou o Diácono Lautair.
“Sou muito grato pelas bênçãos e por tudo que Deus tem feito na minha família; rogo a Deus pelo meu ministério diaconal e também pelo ministério sacerdotal do meu filho, Padre Fabrício. Que através de nossos ministérios ordenados Deus possa alcançar os corações das pessoas por onde nós passarmos e que sejamos testemunhas do Evangelho vivo, guiados pelo Espírito Santo”, concluiu o pai do neossacerdote.
Um ministério de entrega a Deus e à Igreja
Após a proclamação do Evangelho (Mc 14, 12-16, 22-26), iniciou-se o rito de ordenação presbiteral com a eleição do candidato. Dando continuidade à Santa Missa, Dom Airton proferiu a homilia, destacando a alegria da Arquidiocese de Mariana em acolher mais um sacerdote para servir à Igreja.
“O serviço ao Povo de Deus é serviço a Deus; não é filantropia, não é humanitarismo, mas é serviço a Deus nas pessoas. É assim que nós entendemos e cremos: nós servimos as pessoas que mais sofrem porque nelas reconhecemos Jesus Cristo que sofre. Aqui está a razão de nós praticarmos a caridade, o amor fraterno”, afirmou ao comentar sobre a missão do padre.
Durante a reflexão, o Arcebispo Metropolitano de Mariana ressaltou o significado da entrega de Nosso Senhor na Cruz que, em um gesto de amor, salvou a humanidade de todos os seus pecados e que, por esse mesmo amor, quis estar em meio do seu povo como alimento espiritual.
“Toda vez que a Igreja ordena um sacerdote nós devemos relembrar isto: que pelas suas mãos, sua vida, seu exemplo e seu ministério, ele fará Cristo continuar presente na história através do Santíssimo Sacramento do Altar”, destacou Dom Airton.
“Por isso, a ordenação de um sacerdote é, para nós, uma alegria imensa”, continuou o Pastor desta Igreja Particular, recordando que ainda neste mês, em 24 de agosto, os Diáconos Carlos Geovane Nunes Magri e José Mário Santana Barbosa também serão ordenados presbíteros. “Um padre nasce dos joelhos dos pais. Nasce de uma família, nasce do ambiente de temor a Deus, nasce do ambiente onde nós aprendemos a ver Deus presente nas pessoas. Ali nasce um padre”, apontou o Arcebispo.
Na sua colocação, Dom Airton explicou sobre a caminhada vocacional e o processo formativo de um seminarista, lembrando que a escolha pelo ministério sacerdotal não é um ato isolado, mas uma decisão de vida, pois, ao ser ordenado, um presbítero fala e age em nome da Igreja. “A palavra de um padre é a palavra da Igreja. A vida do padre é a vida da Igreja”, frisou.
Concluindo sua fala, o Arcebispo Metropolitano de Mariana enfatizou, mais uma vez, a importância das famílias no discernimento vocacional e desejou ao então candidato ao presbiterato alegria em seu ministério.
O rito de ordenação
Após a homilia, procedeu-se os demais ritos de ordenação com o propósito do eleito, a prece litânica (ladainha de todos os santos), imposição das mãos e prece de ordenação, a unção das mãos e a entrega da patena e do cálice.
Ocasião de intensa oração, para o neossacerdote, foi durante a ladainha de todos os santos que presenciou momentos de mais profunda emoção.
“Primeiro, o sentir que estava recebendo uma graça, mas que aquela graça não era para mim; que devia comunicá-la aos outros. Depois, quando falava da encarnação: Jesus, que encarna, traz vida ao mundo e essa vida se atualiza por meio do Sacramento”, disse, explicando que está também relacionado ao seu lema sacerdotal: “Fazei isto em memória de mim” (1Cor 11,24).
Acolhido no clero marianense, o neossacerdote Fabrício recebeu os comprimentos dos demais padres presentes para, em seguida, concelebrar pela primeira vez a Eucaristia.
“A celebração foi muito bonita, muito orante, me senti realmente realizando um sonho que eu tinha. Tudo aconteceu com muita emoção, com muita espiritualidade, participação, envolvimento. Estou super realizado e já nas alegrias ser padre: não é para mim, é para os outros e para atualização do ministério de Cristo”, partilhou Padre Fabrício.
Na manhã do domingo, 11 de agosto, Dia dos Pais, ele presidiu sua primeira missa às 10h na Igreja Matriz de São José, em Pedra Bonita, sua cidade natal.
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