Parece filmagem de algum filme de ação e, embora as redes sociais possam estar cheias de fake news, elas também podem servir como prova viva de algo que aconteceu ou por onde alguém passou. Assim foi descoberto que Maria Tsalla, apontada pelos serviços de inteligência gregos como a espiã russa Irina Alexandrovna Smireva, esteve em território brasileiro.
Em seu perfil no Instagram é possível encontrar fotos tiradas pela mulher em ruas da cidade do Rio de Janeiro, Arraial do Cabo, Petrópolis e Ouro Preto (MG), datadas de 2019. As informações foram repercutidas pelo Jornal O GLOBO na última sexta-feira (24).

Ainda de acordo com O GLOBO, Irina Alexandrovna Smireva assumiu a identidade de Maria Tsalla cerca de um ano antes das fotos serem tiradas, segundo informações divulgadas pela Serviço Nacional de Inteligência da Grécia (EYP).
Em 2018, Tsalla, que se identificava como fotógrafa nas redes sociais, passou a morar em Atenas, onde abriu uma loja de crochê. Aos amigos, ela dizia ter "origens brasileiras" e ter optado por morar na Grécia após vender seus bens no Brasil, segundo o jornal Kathimerini.
Em janeiro deste ano, Tsalla deixou a Grécia, pouco antes de sua identidade ser descoberta pelas autoridades do país. No tempo em que viveu no país europeu, levou uma vida pacata e chegou a ter um namorado grego, Daniel Campos, que disse ter ficado "chocado" ao descobrir a identidade da parceira.
Campos tem endereço na cidade do Rio e, segundo o The Times, também usava identidade falsa. Na capital fluminense, ele possui uma empresa de impressão 3D registrada em seu nome. O GLOBO entrou em contato com o estabelecimento por duas vezes, mas os funcionários não quiseram se manifestar.

O namorado grego de Maria Tsalla também descobriu, nesta semana, que a espiã russa seria casada com um homem que vivia no Rio de Janeiro, que seria também um outro agente russo. Ele foi identificado como sendo o austro-brasileiro Gerhard Daniel Campos Wittich.
Em uma postagem em 16 de janeiro em um grupo no Facebook de mochileiros na Malásia, uma brasileira pede ajuda para localizar o homem, que estaria desaparecido desde o dia 9 daquele mês. Ela diz, na postagem, que Daniel Campos estava sem contato com a família e que a Embaixada do Brasil na Malásia já havia sido acionada. Desde então não é possível encontrar outras referências sobre o homem nas redes.
Procurado pelo GLOBO, o Itamaraty e a Polícia Federal não se manifestaram. A reportagem também pediu um posicionamento para a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) sobre a possível presença de um espião russo no país. A Abin respondeu que não comentará o assunto. Já as Embaixadas da Rússia e da Áustria também foram procuradas e não responderam até o momento da publicação desta reportagem.

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