Com o objetivo de agradecer a dedicação e os trabalhos prestados, no ano que celebra o 25° aniversário de sua criação, a Fundação Aleijadinho prestou homenagem aos seus cinco ex-presidentes em uma cerimônia realizada na manhã desta sexta-feira (25), em sua própria sede, situada em Ouro Preto (MG). O atual presidente, Márcio Fernandes Guimarães, se referiu ao evento como “uma singela homenagem àqueles que contribuíram de forma competente para o sucesso da Fundação Antônio Francisco Lisboa”. O Jornal Voz Ativa transmitiu a íntegra da cerimônia que pode ser assistida aqui.
Márcio ressaltou que a Fundação Aleijadinho foi constituída em 21 de março de 1996, por iniciativa da Doutora Lúcia de Fátima Magalhães Albuquerque Silva, então Juíza da Infância e da Juventude da comarca de Ouro Preto. “A Doutora Lúcia, ao lado de Maurício Teixeira Martins, com toda sua visão e espírito de comunidade, ajudou a pavimentar essa estrada que nos trouxe até aqui”.
Em seguida, o presidente também destacou a imensa contribuição de todos os ex-presidentes que estiveram à frente da Fundação ao longo de suas duas décadas e meia de existência, citando todos os seus nomes: Mauricio Teixeira Martins (1996 a 2004), Eli Murilo Araújo (2004 a 2008), João Bosco da Costa (2008 a 2012), Efigênia da Glória Chaves (2012 a 2016) e Jackson Abreu Leonor (2016 a 2020).
“Infelizmente, por questão de agenda pré-estabelecida, nem todos os ex-presidentes puderam estar presentes na cerimônia”, explicou Márcio Fernandes Guimarães. “Deste modo, estão aqui, na manhã de hoje, Mauricio, Eli e Efigênia”, acrescentou. Todos receberam uma placa de reconhecimento, no entanto, João Bosco e Jackson foram agraciados em um cerimônia anterior, realizada em maio.
Maurício Martins cumprimentou e agradeceu a todos os colegas presentes e ressaltou a evolução da Fundação Aleijadinho desde que assumiu o cargo em 1996. “É uma alegria enorme rever esses amigos queridos. Lá atrás, nós tivemos que aprender muito para dar continuidade ao projeto. Eu me lembro do desafio que foi iniciar a Fundação. Maurício destacou também as dificuldades encontradas e lembrou o apoio da Câmara de Artes e Ofícios de Essen, na Alemanha, onde foi possível angariar recursos para sedimentar o propósito da Fundação.”
Eli Murilo Araújo destacou um começo marcado pela dificuldade no que diz respeito ao incentivo financeiro pela iniciativa privada e disse que Fundação sempre superou tais desafios, inclusive gerando emprego e renda para a comunidade ouro-pretana. “Tivemos muita ajuda do João Bosco que me sucedeu e abriu portas, da Efigênia, do Márcio e mesmo do Maurício mesmo depois de ter se mudado da região. Sem contar todo o engajamento da Doutora Lúcia que sempre acompanhava a Fundação. Ver hoje o que construímos é uma sensação fenomenal”.
Dando prosseguimento à cerimônia, Efigênia da Glória Chaves que antes de assumir a presidência também atuou como vice-presidente, falou do orgulho de receber a homenagem e o reconhecimento, além de presenciar a Fundação completando 25 anos. Efigênia também destacou as dificuldades financeiras enfrentadas durante a sua gestão. “O poder público nos dava um aporte no projeto Ginástica de Trampolim, porém com muitos atrasos, o que resultava em muitas dificuldades. Mas nós conseguimos, porque como costumo dizer: Deus também trabalha na Fundação”. Efigênia também falou do susto ao saber que o projeto citado deixaria a Fundação, “foi quando chegou o Projeto Judô de Ouro, encabeçado pelo professor Carlos Simões”.
“Hoje eu faço parto do Conselho e jamais deixarei essa Fundação que tanto amo. Essa placa não é só minha. Ela se estende a toda a diretoria, especialmente ao meu amigo Flávio Franco que foi meu braço direito. Essa placa, eu divido com ele. Tenho muito orgulho quando meu nome aparece junto a tantos nomes ilustres. Só tenho a agradecer muito essa oportunidade de ter passado por aqui”, completou Efigênia.
O vice-presidente Fernando Diniz Barbosa disse que a convivência com os ex-presidentes é muito importante, por meio dela há trocas de experiências e aprendizados. “A forma da Fundação evoluir é essa, um contato constante com todas as pessoas que já passaram por aqui e conhecem as nossas dificuldades”. Fernando também afirmou que “o trabalho da Fundação em Ouro Preto é extremamente importante, pois a cidade é carente desse tipo de estrutura”.
Por fim, o professor de Judô, sensei Carlos Simões apresentou atividades realizadas na Fundação Aleijadinho, dentre elas o Projeto Esporte e Cidadania Judô de Ouro. “Nós não ensinamos aqui só o esporte pelo esporte, mas o esporte de uma maneira que a gente possa promover uma educação integral de todas as crianças, adolescentes e pessoas com deficiência as quais recebemos aqui”, destacou.
Exemplo de perseverança
A Fundação Antônio Francisco Lisboa cujo nome é uma homenagem ao maior artista brasileiro do período colonial que deixou marcas de talento, literalmente, cravados na história da antiga Vila Rica, segue em frente buscando seguir o exemplo de perseverança de seu patrono, o imortal Aleijadinho.
Isso se dá cumprindo com rigor o seu título de utilidade pública municipal, expandindo seus projetos sociais às comunidades, formando multiplicadores do conhecimento, capacitando pessoas para o trabalho onde estão inseridas, garantindo a sustentabilidade familiar, contribuindo para o desenvolvimento sustentável da Região, promovendo o bem estar da população e levando o nome de Ouro Preto para os quatro cantos do mundo por meio do esporte.
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