Erosão ameaça motoristas em trecho que liga Conselheiro Lafaiete a Ouro Branco

Ação Civil Pública pede que desvio seja construído em cinco dias

Home » Erosão ameaça motoristas em trecho que liga Conselheiro Lafaiete a Ouro Branco
Por JornalVozAtiva.com Publicado em 30/01/2023, 13:23 - Atualizado em 30/01/2023, 13:39
Erosão ameaça o km 159 da rodovia MG-129. Crédito – Reprodução / MPMG. Siga no Google News

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da Promotoria de Justiça de Ouro Branco, na Região Central, propôs nesta sexta-feira, 27 de janeiro, uma Ação Civil Pública (ACP) requerendo à Justiça que o Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) e a Secretaria de Estado da Fazenda providenciem, em cinco dias, a construção de desvio no km 196 da Rodovia MG-129 por conta de um processo erosivo que coloca em risco motoristas e passageiros que passam pelo local. O trecho pertence à Estrada Real. 

De acordo com o MPMG, o desvio deverá ter largura compatível para a trafegabilidade de veículos nos dois fluxos da rodovia e monitoramento do fluxo (sistema pare e siga), durante 24h por dia, até a conclusão de todos os reparos da rodovia, notadamente no trecho parcialmente interditado. 

Além disso, DER e estado deverão concluir as obras de contenção da erosão e reparo da via, no trecho parcialmente interditado, em 90 dias. 

Ainda conforme a ACP, a Promotoria de Justiça de Ouro Branco pede que seja realizado, em seis meses, recapeamento asfáltico, sinalização, capina e roçagem às margens de toda a rodovia, corte de aterro das laterais da pista (para evitar desmoronamentos) e construção de sistemas de drenagem, no trecho entre Conselheiro Lafaiete e Ouro Branco na Rodovia MG-129. 

Segundo o promotor de Justiça Pedro Henrique Pereira Correa, a MG-129 é de vital importância para a economia da região, já que faz a ligação de Conselheiro Lafaiete às cidades de Ouro Branco e Ouro Preto e para as comunidades de Lavras Novas, Santa Rita, entre outras. “Tal rodovia é submetida a intenso trânsito diário de veículos pesados e a falta de contenção da erosão no local aponta para o iminente desabamento do trecho da rodovia, o que provocará acidentes com vítimas fatais”, ressalta Pedro Henrique. 

Além disso, conforme o MPMG, a interdição parcial da pista vem trazendo risco concreto à segurança viária face a ausência de pessoas para controle e monitoramento do fluxo de trânsito em meia pista, durante 24hs, até que sejam iniciadas e concluídas as obras de recuperação da pista. O trânsito em meia pista é incapaz de suportar o fluxo de veículos, existindo risco concreto da ocorrência de acidentes face a ausência de monitoramento, pois não raras vezes carretas e veículos pesados se inserem em alta velocidade na pista interditada, que não permite a passagem de mais de um veículo por vez.

Conforme o promotor de Justiça, a ação visa a defesa dos usuários daquela autoestrada, uma vez que as péssimas condições do local põem em perigo a segurança dos que por ela transitam. É necessário que todos que utilizam e venham a utilizar tenham segurança. “Essa é a condição mínima que o Estado de Minas Gerais e o DER devem proporcionar aos usuários, não sendo admissível que os órgãos estatais permitam que diversas pessoas venham a sofrer acidentes em virtude de má sinalização e ausência de manutenção adequada de uma estrada”, destaca Pedro Henrique. 

Entenda o caso 

A Promotoria de Justiça de Ouro Branco tomou conhecimento do problema por meio da imprensa local, em agosto de 2022. Ainda naquele mês, o MPMG instaurou um Procedimento Preparatório (MPMG-0459.22.000124-0) para apurar o caso. 

Em resposta ao MPMG, o DER informou que os estudos/projetos para a solução do problema estão fase de elaboração por parte da Diretoria de Projetos do órgão, em Belo Horizonte. Dessa forma, ainda não foram concluídos, razão pela qual não poderia encaminhá-los à promotoria de Justiça e nem estipular cronograma de execução das obras. A questão, de acordo com o DER, será deliberada em conjunto com a diretoria de manutenção de acordo com os valores necessários para execução dos serviços no local. 

Mesmo tendo estabelecido contato com DER, até a presente data, nenhuma medida de ordem prática foi tomada pelos requeridos e o processo de erosão acelerada, após o intenso período de chuvas, foi agravado, com mais desprendimento da estrutura do solo que sustenta a estrada, gerando uma imensa cavidade de grandes dimensões, tanto em profundidade como em superfície, que já danificou metade da pista, já interditada parcialmente.

Com informações do Ministério Público de Minas Gerais

Deixar Um Comentário