Conselho Universitário discute momento adequado para possível retorno das atividades acadêmicas na UFOP

A reitora Cláudia Marliére afirmou que em várias universidades existem grupos de servidores que não querem tomar a vacina. A preocupação dela é com a falta de respaldo legal que comprove que alunos, docentes e técnicos estão imunizados.

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Por Assessoria de Comunicação Institucional - Universidade Federal de Ouro Preto Publicado em 01/09/2021, 12:38 - Atualizado em 01/09/2021, 12:38
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Foto – Instituto de Ciências Sociais e Aplicadas – ICSA / UFOP. Crédito – João Paulo Silva/JVA. Siga no Google News

As discussões sobre o momento adequado para um possível retorno das atividades acadêmicas de forma híbrida ou presencial foram iniciadas na reunião do Conselho Universitário (Cuni) desta terça (31). Ao final, decidiu-se por manter a suspensão, pois um retorno amplo neste momento seria inadequado. Entre os aspectos pontuados pelos integrantes do Conselho estão a cobertura vacinal ainda pequena dos estudantes e, de forma geral, dos municípios dos campi com relação à segunda dose. Foi ressaltada também a falta de recursos para as mudanças nos ambientes acadêmicos e administrativos, assim como a falta de uma regulamentação que obrigue a comprovação da vacinação dos servidores.

A reitora Cláudia Marliére abriu a reunião, a primeira do Cuni com o novo estatuto da UFOP. Ela lembrou que, em encontro recente com reitores da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), os pontos em comum entre as universidades são a dificuldade para realizar um retorno presencial seguro e a falta de orçamento para isso. Cláudia pontuou outras questões discutidas na Andifes, mas esclareceu que não deveria haver uma definição precipitada na UFOP.

O pró-reitor de Orçamento, Planejamento e Administração, Eleonardo Lucas Pereira, e a prefeita do campus universitário, Sandra Maria Antunes Nogueira, explicaram os trabalhos do Comitê Gestor e o Plano de Contingência, bases para a definição do protocolo das ações, como compra de insumos, definição do funcionamento do Restaurante Universitário, reformas de espaços necessários, dentre outras que vão possibilitar um retorno com segurança.

Vacinação

A reitora completou que em várias universidades existem grupos de servidores que não querem tomar a vacina. A preocupação dela é com a falta de respaldo legal que comprove que alunos, docentes e técnicos estão imunizados, pois o retorno dos estudantes, que vêm de todas as partes do país, vai aumentar o fluxo migratório. "São transtornos imensos que a gente precisa discutir", assinala Cláudia, que vê ainda dificuldade em colocar o Restaurante Universitário funcionando, assim como todas as salas de aula, e na realização da faxina. "A gente não consegue retornar diante do padrão da Fiocruz, por exemplo, que tem um protocolo de retorno interessante. Se a gente não tem esse padrão, pelo menos temos que ter a cobertura vacinal", acrescenta. Ela conclui ponderando que "precisamos discutir no Conselho quando é melhor voltar, sem tomar posição e tirar encaminhamento agora. Podemos chamar reunião do Cuni extraordinária posteriormente quando houver mudança de cenário."

O vice-reitor Hermínio Nalini também observou uma insegurança por parte de todas as instituições na reunião da Andifes, pois "cada universidade tem sua especificidade e vários pontos precisam ser levados em conta", concluindo que o retorno, quando possível, deve ser feito paulatinamente.

Unidades

Diretores e representantes do Ifac, Icsa, Iceb e Efar colocaram as dificuldades para um retorno presencial ou híbrido neste momento, em função das especificidades das atividades desenvolvidas pelos cursos dessas unidades. O vice-diretor da Escola de Medicina, Iure Ferraz de Souza, disse que está abrindo essa discussão na Emed para apresentar o entendimento do que pode ser feito e os impactos positivos e negativos, pautado nas discussões de que tem participado com representantes das escolas de medicina das universidades.

O representante dos servidores técnico-administrativos no Conselho, Sérgio Neves, também se mostrou preocupado com a cobertura vacinal neste momento. Ele ressaltou que é necessária a discussão com a categoria sobre um possível retorno, principalmente com a chegada da variante Delta, uma vez que muitos TAEs ainda não tomaram a segunda dose.

O pró-reitor de Graduação em exercício, Adilson Pereira dos Santos, chamou a atenção para uma decisão do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) no ano passado que estabeleceu que os semestres 20.1 e 20.2 e 21.1 seriam remotos. Portanto, o semestre letivo 21.1, que começa neste mês de setembro e termina em fevereiro de 2022, ainda deverá ser remoto. Entretanto, Adilson destacou que a discussão foi primordial, já que as questões urgentes na graduação, como o retorno de cada disciplina prática, estão sendo planejadas e estudadas pela Prograd para que isso ocorra de forma segura, conforme está sendo feito.

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