Congado de Conselheiro Lafaiete é reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial de Minas Gerais
Entrega do documento às 12 Guardas de Congado e mais ao grupo “Movimento Negro Frutos da África” foi feita pelo historiador e ativista cultural Luiz Otávio.
As Guardas de Congado de Conselheiro Lafaiete receberam no salão da igreja de Santo Antônio, a cópia do documento do registro do Congado enquanto Patrimônio Cultural Imaterial do Estado de Minas Gerais. Trata-se do registro dos “Caminhos, Expressões e Celebrações do Rosário em Minas Gerais”. Título que no dia 03 de agosto, após aprovação do Conselho Estadual de Patrimônio Cultural (CONEP), de um dossiê, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA), proclamou na porta do Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte.
A entrega do documento às 12 Guardas de Congado e mais ao grupo “Movimento Negro Frutos da África” foi feita pelo historiador e ativista cultural Luiz Otávio, que no dia 03 de agosto esteve na capital mineira para acompanhar de perto a divulgação de tão importante momento para a cultura e principalmente para o patrimônio cultural de Conselheiro Lafaiete. Luiz Otávio afirmou que aquele encontro tratava-se um momento histórico, grandioso e importante para o congado lafaietense. Disse que para ele era um momento de grande satisfação. Em seguida fez um breve relato sobre o que era o registro e qual a importância dele para a cultura da cidade.
Ele afirmou ainda que Lafaiete se insere, definitivamente, na rota dos patrimônios culturais imateriais registrados pelo Instituto, uma vez que a cidade é “Terra da Violas de Queluz”, reconhecidas internacionalmente e que também mantém a tradição da Folias de Reis, outra manifestação cultural reconhecida como patrimônio cultural imaterial em Minas Gerais. Disse ainda que outros bens que devem ser declarados pelo IEPHA como patrimônio cultural e que Lafaiete estará representada.
O historiador ressaltou que a bandas de música e os moinhos de fubá e casas de farinha estão em processo de cadastro para futuros registros, e que vem acompanhando de perto esses processos. Explicou ainda que o Minas Gerais possui nove bens registrados como patrimônio cultural imaterial a nível estadual e ainda possui dois, dos treze bens reconhecidos, a nível nacional pelo Instituto Histórico e Artístico Nacional – IPHAN.
Luiz Otávio disse que é preciso conhecer tudo que esse registro traz em seu bojo. “È necessário conhecermos quais são as implicações decorrentes desse registro, e quais serão as políticas de salvaguarda que deverão ser implementadas pelo poder público. Esse registro vai contribuir na arrecadação do ICMS Cultural para o município já no ano de 2025 e é necessário que esse aporte financeiro seja revertido em prol das 05 guardas que estão cadastradas pelo IEPHA. Infelizmente nem todas estão habilitadas, o que deve ocorrer somente no próximo ano, quando as guardas restantes farão os cadastros que já deveriam ter sido realizados”, afirmou o ativista cultural.
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