Na última semana, mais duas cidades de Minas se manifestaram contra venda da empresa pública. Vermelho Novo, localizada na região da Zona da Mata de MG, aprovou na última quarta-feira (18/08), iniciativa contra a privatização dos Correios, votada pela Câmara Municipal. Por meio de uma moção de repúdio, os vereadores da cidade disseram um ‘não’ à venda dos Correios. A moção teve autoria da vereadora Maria Aparecida Santos Luiz Lopes (PT).
Já na quinta-feira (19/08), foi a vez de Cuparaque, localizada no Vale do Rio Doce, apreciar iniciativa no mesmo sentido. A proposição de autoria da vereadora Vanuza Rodrigues Mainette (Podemos) foi aprovada por unanimidade. Com isso, Vermelho Novo e Cuparaque tornaram-se as cidades de números 135 e 136 no estado a se manifestarem em defesa dos Correios.
Os 136 municípios mineiros que já se manifestaram em defesa da estatal reúnem uma população de mais de 9,76 milhões pessoas, segundo dados do último censo do IBGE. O número é quase a metade de todos os moradores de Minas Gerais (20,87 milhões). Na lista de cidades que já se manifestaram contra a privatização dos Correios, há localidades de todos os tamanhos – pequenos, médios e grandes centros urbanos. A relação inclui, entre outros municípios: a capital do estado, Belo Horizonte, Alfenas, Almenara, Araguari, Augusto de Lima, Barbacena, Betim, Buenópolis, Caeté, Contagem, Coronel Fabriciano, Ipatinga, Itabira, Manhuaçu, Montes Claros, Ouro Preto, Poços de Caldas, Pouso Alegre, Varginha, Viçosa.
Ao serem aprovadas, as moções são enviadas às autoridades do Congresso Nacional e do Executivo Federal. A lista completa das cidades que já se manifestaram contra a venda dos Correios está disponível no site da Associação dos Profissionais dos Correios Regional Minas Gerais (ADCAP Minas).
No site da Associação, também é possível conferir quem são os vereadores autores das iniciativas. Conheça também o Mapa das Moções – mapa interativo com os municípios mineiros que já disseram ‘não’ à privatização dos Correios.
Universalização dos serviços postais
Em 96% dos países do mundo, a gestão do serviço de correios é pública. Principalmente nas nações de dimensões continentais e nas maiores economias globais, as empresas de correio são do governo, como acontece no Canadá, China, EUA e Rússia. A principal razão para tanto é a universalização.
Aqui no Brasil, por exemplo, somente os Correios garantem acesso a certas oportunidades e serviços, principalmente para os pequenos e médios empreendedores. A empresa pública integra economicamente diversas regiões do território nacional, pois na maior parte dos municípios do País (60% do total), só há como representação do governo federal uma agência dos Correios.
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