Mulher viraliza ao expor troca de mensagens com recrutador de empresa

A especialista em carreira, Patricia Y. Agopian, destaca a importância da habilidade no mundo corporativo, principalmente nas relações humanas

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Por JornalVozAtiva.com Publicado em 15/09/2023, 11:34 - Atualizado em 15/09/2023, 11:34
Foto — Reprodução redes sociais. Siga no Google News

Essa semana nas redes sociais, uma mulher viralizou ao postar um print da conversa que teve com um recrutador de uma empresa. O homem se atrasou três horas para entrevista e respondeu de forma irônica quando a mulher tentou remarcar a conversa. Para especialista em carreira, Patricia Y. Agopian, houve falha por gatilho emocional dos dois lados na condução dessa troca de mensagens. “É super importante que recrutadores e candidatos desenvolvam a inteligência emocional corporativa, uma das habilidades mais importantes ao lidar com pessoas em situações adversas. Trata-se de “ler” o outro e saber falar de uma forma que o outro entenda e acalma a emoção do outro. E me parece que faltou essa habilidade com recrutador e candidata, que mesmo de forma inconsciente deixaram a emoção tomar conta. E a comunicação escrita exige cuidado redobrado, pois cada um lê na emoção que está vivenciando e as interpretações podem variar e nem sempre refletir a fiel intenção”, pontua a CEO da Bússola Executiva, escola on-line para aceleração de carreira.

 Para Patricia, o recrutador falhou e não parecia preparado para lidar com adversidades. “Não sabemos o que aconteceu, mas por qualquer razão ele percebeu que ele falhou, só que ele tentou fazer de conta que nada aconteceu, chamando a candidata três horas exatas depois, como se esse fosse o horário combinado. Ele errou, indiscutível e ainda tentou ofender a mulher. Se ele tivesse mandado qualquer mensagem se desculpando, se posicionando de forma íntegra e não fazendo de conta que ele estava correto, tudo bem. Mas, ele não soube lidar com um erro dele mesmo. E tentou jogar para cima da candidata, se fazendo valer de uma possível posição de superioridade, que não é verdadeira e ao longo da troca de mensagens só piorou e ele evidentemente se perdeu e falhou muito nas suas colocações que agrediam a pessoa”, ressalta.

 Por outro lado, a especialista diz que a candidata podia ter feito uso de sua inteligência emocional corporativa, mas ela foi impactada com a resposta inadequada dele, e isso ativou um gatilho emocional nela. ”Eu entendo a decepção da mulher ao receber uma mensagem do recrutador como se nada tivesse acontecido nada e fazendo parecer que ela não estava disponível, e a entrevista tivesse sido marcada para o horário que ele chama por ela. Mas apontar o erro dele de forma provocativa, onde o comentário do horário ativa o emocional dele, não parece ser a maneira mais assertiva de conduzir a conversa, seguindo com o foco em fazer a entrevista e se posicionar de forma Executiva. É evidente que ela deve se posicionar e evidenciar, mas não desta forma, onde ele acaba entrando na defensiva” orienta.

 Como se posicionar em mensagens de texto no mundo corporativo?

 A sugestão de Patricia quando acontecer algo parecido, seria escrever algo como: “Oi fulano, espero que esteja tudo bem com você. Vamos falar sim, mas infelizmente não consigo agora por um outro compromisso, mas tenho disponibilidade a partir do horário tal. Me diga quais opções tem e encaixamos as agendas”.

 A especialista deixa claro que está analisando as mensagens postadas na rede social, pois não sabe o tom usado pela candidata. Mensagem de texto não tem entonação e por isso devemos ter cuidado na hora das interpretações e em como escrevemos. É importante sempre se colocar na posição de quem vai ler o conteúdo.

 Segundo a especialista, um candidato para entrevista de emprego não é alguém que vai para entrevista submisso, para ser negociado, ao contrário, é alguém que vai lá, mostrar o seu valor. Os dois lados têm interesse. A empresa que está buscando profissional tem tanto interesse quanto aquele profissional que quer se recolocar ou fazer uma transição, então é troca de interesses e aderência entre as partes. Ninguém está favorável, mas as pessoas podem ter esse olhar muitas vezes enviesado de se sentir superior por ser o entrevistador.

 Sobre Patrícia Y. Agopian:

Patricia Y. Agopian, CEO da Bússola Executiva. Crédito - Divulgação.

Patrícia é referência como especialista em formação de carreira executiva, alta performance e em aceleração da jornada profissional. Com mais de 20 anos de atuação no mundo corporativo, já teve passagem por grandes empresas, como C&A, Centauro e Etna. Hoje, como CEO e fundadora à frente da escola on-line Bússola Executiva, já formou mais de 3 mil alunos que almejam um cargo em uma cadeira executiva. Com MBA em Gestão de Negócios pelo Ibmec, atua como palestrante e mentora de executivos e profissionais em busca ou que ocupam cargos de liderança.

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