Fafá de Belém ou a “Musa da Democracia” (os mais velhos vão saber do que eu digo, aos mais novos vale a pena "dar um Google") surpreendeu os fãs, em abril de 2019, com o lançamento do álbum “Humana”.
Está certo que as interpretações de Fafá, salvo algumas exceções, nunca foram marcadas pela alegria. Mas o que surpreende no último trabalho da paraense é o frescor. Embora não seja um disco político, “Humana” não deixa de ser um reflexo de nossa conjuntura político-social.
O que primeiramente chama a atenção em "Humana" é essa Fafá sussurrante, seca, incisiva, meio rock garagem, meio jazz. Embora o disco traga inúmeras preciosidades (“Alinhamento Energético”, “Eu Sou Aquela”, “O Resto do Resto”) é em “Revelação” (autoria de Clésio Ferreira e Clodo Ferreira) que percebemos o quanto ela não está para brincadeira.
A canção escolhida para esse “Grandes Clássicos Revisitados” fez enorme sucesso com Fagner. Em “Humana”, a música ressurge e ganha forma aos poucos, com execução perfeita de Zé Manoel (piano), Allen Alencar (guitarra), João Paulo Deogracias (baixo) e Richard Ribeiro (bateria), quarteto que acompanha a artista paraense por todo o disco.
Sem dúvida, “Humana” tem tudo para ser considerado um dos melhores álbuns conceituais do ano. Não deixe de conferir as duas versões:
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