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Opinião | Leia “A Curva do Vento”, por Antoniomar Lima

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Por Antoniomar Lima Publicado em 14/06/2021, 10:52 - Atualizado em 14/06/2021, 10:53
Antoniomar Lima Já publicou dois livros de poesias pela UFOP. Crédito – Arquivo pessoal. Siga no Google News

A instalação das 13 placas que previnem sobre o suicídio, na Avenida Lima Junior, mais conhecida pela população local pela alcunha de “Curva do Vento” é uma excelente iniciativa e, por ser uma causa justa, tal iniciativa que partiu da 2ª Companhia de Bombeiros Militar de Ouro Preto, com apoio da Prefeitura, SAMU, UFOP e o Centro de Valorização à Vida (CVV), é que resolvi através da presente crônica rechaçar e lembrar que esse problema – ainda mais na fase epidêmica que estamos passando! – requer atenção e cuidados para com as pessoas que sofrem de depressão.

Qualquer pessoa pode ser vítima da depressão que dizem é o mal do século, assim como fora a tuberculose em outros tempos, guardadas, é claro, as devidas proporções.

A Curva do Vento é conhecida em Ouro Preto pelas inúmeras ocorrências de pessoas que se encaminharam para lá para dar cabo à própria vida e, por esse motivo, ela fora escolhida pelo Sargento Dionelli, idealizador da ideia, para a instalação das placas tratando do assunto na esperança de alertar os parentes, amigos e transeuntes para ficarem atentos quando perceberem algum movimento estranho de alguma pessoa no local.

Que essa iniciativa surta o efeito esperado, demovendo os que precisam de ajuda a não atentarem contra a própria vida e que sensibilize as outras pessoas para abraçarem essa causa.

A depressão, como sabemos, é silenciosa e não avisa quando chega. E, na maioria das vezes, atinge pessoas que não sabem lidar com os problemas do dia-a-dia que acabam se sentindo desiludidas, “deslocadas” como dizem atualmente, sendo “sugadas” pelas garras invisíveis do desânimo ao ponto de perderem o sentido de viver, chegando à conclusão de que tirando a própria vida os problemas serão resolvidos.

São muitos os motivos que podem desencadear a depressão: desemprego, decepções amorosas, conflitos familiares, rejeição, autoestima baixa por causa da aparência etc.

Que as placas postas na Curva do Vento tragam novos ventos, ventos favoráveis, cheios de perspectivas consistentes, de renovação, tornando-se símbolo de uma causa de valorização da vida, que realmente alertem as pessoas a valorizar o que possuímos de mais valor na terra, fazendo-as encontrar em cada curva da existência o álibi necessário e eficaz de que a vida está muito acima das coisas materiais, das ideologias humanas e, principalmente dos problemas do cotidiano que, de uma maneira e de outra, terão um norte.

Enfim, que as placas conscientizem os frequentadores e passantes da Curva do Vento, motivando-os e lembrando-os de que viver é um constante recomeçar... E que recomeçar requer equilíbrio e serenidade a fim de alcançarmos com saúde física e mental todos os nossos objetivos, cheios de confiança, sonhos e motivações para darmos continuidade à nossa vida e afazeres no espaço que ocupamos sobre a face da terra.

Laudate Dominum!

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