Na Coluna Contra o Vento: “Quando Faltam as Palavras”

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Por Tino Ansaloni Publicado em 17/11/2015, 18:48 - Atualizado em 18/11/2015, 07:39
Brunello Amorim Quando o Galo foi atropelado pelo Corinthians, na semana passada, em pleno Horto não escrevi meu texto para este espaço. Culpa minha, faltaram-me palavras para descrever a decepção alvinegra. Passou-se mais uma semana e uma tragédia a 60 km da minha casa, comoveu o Brasil inteiro. Desta vez, a culpa não foi minha. E vale pensar de quem é a culpa. Mais alguns dias e uma carnificina terrorista em Paris enfraquece as potências ocidentais e a crise geopolítica do mundo é escancarada novamente. Agora é que as palavras somem mesmo. Com tanta coisa ruim nesse novembro, fica difícil falar de futebol. Principalmente quando temos a internet e as redes sociais. Lugar maluco onde todo mundo grita, mas ninguém entende. Tem grito que me dói a alma. Tem grito que me acalenta a angústia. Tem grito que prefiro fingir que não ouvi. O Facebook às vezes deprime a gente né? Queria eu poder contribuir com minhas palavras o entendimento das tragédias. Só que ainda sou só um aspirante de jornalista. É que ainda me faltam as palavras no meio dessa gritaria toda, sabe? O que sei falar é que novembro trouxe uma tempestade de tragédia. Mas somos contra o vento sempre, amigos! São estes versos imortais do escritor e poeta atleticano Roberto Drummond, que inspiram esta coluna: "Enquanto houver uma camisa branca e preta pendurada em um varal durante uma tempestade, o atleticano torce contra o vento.” Não podemos perder a fé nunca. Nem no futebol e muito menos na vida. E o Galo? Aqui deixa comigo. Bom, o Galo está classificado para a Libertadores. Já estamos aqui fazendo celeuma e imaginando os confrontos sul-americanos em 2016. Como sonhar não custa nada, já deitamos na nossa alcova imaginando o Leonardo Silva, de contrato renovado até o fim de 2016, levantando mais uma taça de campeão das Américas. Na mesa diretora e na Cidade do Galo, é preciso frieza para acertar nas contratações. Temos previsto em nosso orçamento R$ 16 milhões. Tem que saber gastar e evitar bondes. E falando em bonde, uma barca deles está voltando de empréstimo. Um time inteiro com nomes que vão de Serginho à Cláudio Leleu. São Victor proverá! Chegarão também ofertas tentadoras pelas nossas joias. Jemerson, o nosso Blackenbauer, tá na Seleção e quer conhecer a Europa. Marcos Rocha, o anti-herói atleticano, também quer porque quer atravessar o Atlântico. Todo grande clube precisa equilibrar as contas para uma boa administração. É a hora da frieza e inteligência do futebol, presidente Nepomuceno! E ver se renova logo com o Levir Culpi. Para o restinho de ano, o que resta é aproveitar. Seremos o único time de Minas Gerais na Libertadores 2016. E vai que o Corinthians perde pro Vasco, pro São Paulo, pro Sport e empata com o Avaí? Aí é só o Galo ganhar todas. Você acredita? Eu acredito.

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