Por Brunello Amorim Fim de semana sem jogo do Galo é uma tristeza. Fica faltando alguma coisa, nada está completo. Nem as eliminatórias para Uefa, nem a Argentina dançando um tango para o Equador, nem o time da CBF jogando sob os gritos de “olé” dos chilenos. Aliás, o que o Dunga está fazendo lá ainda? Tanto faz. Minha seleção é o Galo. O verdadeiro time do povo das Minas Gerais. ~ Fim de semana sem jogo do Galo é sofrível. Vagamos pelos canais da televisão, como almas penadas que ainda não cumpriram sua missão na Terra. Faustão? Não. Eliana? Não. Que filme é esse que tá passando? Ah, já vi. Fim de semana sem jogo do Galo na vida do atleticano é o mesmo que: arroz sem feijão, caipirinha sem limão, Claudinho sem Buchecha ou a praia sem mar. É mais sem graça que chuchu. O atleticano anda pra um lado, anda pro outro, sem saber o sentido deste domingo sem jogo do Galo. Quem sou eu? Pra onde eu vou? Cadê o Galo? De repente, um foguete explode no céu! Gol do Galo? O atleticano desvairado corre até a TV, procura e se lembra... Não, hoje não tem gol do Galo. É só um bêbado que comemora o retorno do filho à sua casa. Maldito, há de ser um cruzeirense que ainda gasta os foguetes daquela classificação garantidassa contra o River Plate e agora comemora até reabilitação da sogra depois da cirurgia de catarata. Termina o fim de semana sem o Galo. O atleticano sobrevive, aos trancos e barrancos, mas sobrevive. Vem o feriado, aproveita para ler todas as notícias do Galo. Dátolo recuperado, Maluf diz que o técnico para 2016 é o Levir, Jemerson é melhor que Otamendi. Ufa, isso já ameniza. É a cachacinha do bêbado que não bebeu no fim de semana. A abstinência sem o Galo é doída, é loucura sem cura. Chegou a terça-feira. Até que enfim! Amanhã tem Galo, contra o Inter. Os colorados, nossos algozes na Libertadores esse ano, vem sedentos para tentar conquistar uma vaga no G4. Mas aqui não, pica-pau! Aqui é arueira. Ou melhor, aqui é Galo. Faremos valer o nosso mando de campo para continuar perseguindo o Corinthians, conquistar o Brasileirão e exorcizar de vez todos os fantasmas da vida do atleticano.
TOP demais o texto!