Por Eduardo Augusto Publicado em 09/09/2020, 11:54 - Atualizado em 09/09/2020, 11:58

Eduardo Augusto é mineiro de Ouro Preto e mora em Belo Horizonte há 18 anos. É filósofo, escritor e cronista, com diversos textos publicados em sites, jornais e revistas. Em 2014 lançou seu primeiro livro infantil, “Marioleia, a Pulguinha que Gostava de Ler” (editora Impressões de Minas). Prepara um livro de crônicas para 2020. Além disso, facilita grupos de Comunicação Não-Violenta e é Educador Parental certificado em Disciplina Positiva pela Positive Discipline Association. É co-idealizador do Projeto Asas e Ninhos com Flávia Ferraz e Marcela Cavalcanti. @asaseninhos (Instagram e Facebook).

(Há braços)

No início da pandemia, presenciei um encontro entre dois amigos. Quando se viram, sorriram e abriram os braços. Foi engraçado esperar a cena que tinha tudo para se realizar. Mas, a poucos metros um do outro, eles pararam e um deles disse:

_ Agora não tá podendo! Hehehe!

E tocaram os cotovelos.
Outro dia um psicanalista escreveu: “Não é possível que a gente não vai sair melhor dessa! Nem que seja abraçando melhor, a gente vai estar!”

Como disse a escritora Martha Medeiros:

“(…) Onde, afinal, é o melhor lugar do mundo?

Meu palpite: dentro de um abraço.

Que lugar melhor para uma criança, para um idoso, para uma mulher apaixonada, para um adolescente com medo, para um doente, para alguém solitário? Dentro de um abraço é sempre quente, é sempre seguro. Dentro de um abraço não se ouve o tic-tac dos relógios e, se faltar luz, tanto melhor. Tudo o que você pensa e sofre, dentro de um abraço se dissolve.

Que lugar melhor para um recém-nascido, para um recém-chegado, para um recém-demitido, para um recém-contratado? Dentro de um abraço nenhuma situação é incerta, o futuro não amedronta, estacionamos confortavelmente em meio ao paraíso. (…)"

Então, é isso! Abrace com o coração!

Edu Batista
03/09/20