Por Brunello Amorim Graduando do Curso de Jornalismo da UFOP – Universidade Federal de Ouro Preto Impressionante como o Mineirão fica mais bonito quando tem a Massa do Atlético preenchendo o espaço cinza. Melhor ainda é voltar a escrever “Contra o vento”, com uma vitória em cima do Corinthians. O futebol do novo time do Marcelo Oliveira não foi de encher os olhos, mas deu pro gasto e o resultado veio. De grão em grão, o Galo vai enchendo o seu papo. Contudo, caro amigo, queria que voltássemos ao tempo. Depois de ganhar a Florida Cup, jogando bem, já vislumbrei o Galo campeão de tudo. Como o time que montávamos, não era para ser diferente. Acontece que no futebol, como na vida, não é tudo do jeito que a gente quer. Passa-se algum tempo e a torcida começa a transparecer a sua desconfiança. Como pode um time considerado o melhor elenco do ano – Robinho já era do Galo - não passear em cima de todos os adversários? Como pode o Patric ser titular desse time? Como pode esse Aguirre deixar o Cazares no banco? A desconfiança das arquibancadas, ecoou no vestiário e no escritório executivo do Galo em Lourdes. O time com obrigação de ser campeão de tudo, perdia o Mineiro para o América e a Libertadores pro São Paulo. Quando é assim, a vida perde o sentido para o atleticano. Depois daquele gol do tricolor paulista, nada fazia sentido. Já não queríamos saber de “Fora, Temer!”, nem de “Fora, Cunha!”. Tanto faz, tanto fez, se o Brasil sofreu um golpe político, midiático, jurídico e policial. O Moro vazou mais um áudio, demonstrando abuso de poder? Que seja, contanto que não atrapalhe mais o Galo. O atleticano não se importava nem da presidente eleita estar enclausurada no Palácio da Alvorada. Dane-se mais uma fase da Operação Lava-Jato. A gente só queria o Galo campeão de tudo. Impressionante como a passionalidade nos torna cegos. Racionalmente falando, é mais fácil ver alguém do PSDB ser investigado pela Polícia Federal ou pelo STF, do que um time brasileiro ser campeão de tudo. O futebol é bola na casinha e o melhor nem sempre vence. Não é verdade? Pois é. A passionalidade me cegou. Porque de repente o melhor elenco do Brasil perdeu todas as competições do primeiro semestre, demitiu o técnico e passou a ser como todos os outros. Chegava então Marcelo Oliveira e Fred para honrarem as cores que eles sempre amaram de verdade. Mesmo assim tínhamos mais de um time de desfalques. Assistir jogo do Galão da Massa me dava calo nas vistas. Lembrava o auge da ruindade quando contávamos com Bilu e Marcos Peito de Pombo no elenco. E como desgraça pouca é bobagem na vida do atleticano, a gente precisou de ver o Galo perder o clássico, com gol do nosso eterno Riascos. Chegávamos assim ao fundo do poço. Não poderia piorar mais. E nem vai. Porque já são duas vitórias seguidas e faltam mais dois jogos em Beagalo. Porque o Cazares voltou para dar um jeito no meio-campo. Erazo e Léo Silva firmes na zaga. Leandro Donizete só toca de três dedos. O Fred já tomou gosto de fazer gol com o manto alvinegro. São Victor vai continuar nos abençoando. A turma dos cornetas não vai vaiar. O Robinho vai pedalar. A turma da Galoucura vai cantar sem parar. Agora vai! Ê, Galo! Fora, Temer! Eu acredito!
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