Moradora de Antônio Pereira pede ajuda para pagar lente de R$ 3 mil

Por João Paulo Silva Publicado em 23/08/2023, 14:54 - Atualizado em 28/08/2023, 14:26

Foto — Khione Gomes não tem condições de arcar sozinha com os custos. Crédito — Reprodução / Arquivo pessoal.

Uma moradora de Antônio Pereira, distrito de Ouro Preto (MG), está contando com a solidariedade das pessoas para comprar uma lente de contato nova para o olho direito. Khione Aparecida Gomes tem 31 anos. Aos 12, foi diagnosticada com ceratocone, uma doença genética rara. De caráter hereditário e evolução lenta, ela afeta a córnea. A auxiliar de serviços gerais tem menos de dois meses para adquirir a nova lente, caso contrário, a sua receita médica irá prescrever.

Sem condições de pagar um especialista, ela disse que foi informada no Sistema Único de Saúde (SUS) que poderia optar por entrar na fila para conseguir um transplante de córnea ou as lentes. “Eu optei por ficar na fila do transplante, enquanto utilizava as lentes, porque preciso trabalhar”. A ouro-pretana é casada, porém, seu marido está desempregado. O casal tem um filho de 12 anos. “Como eu optei pela lente, meu nome foi removido da fila de espera para o transplante”, contou. “Mais tarde, eu descobri que o SUS também não me forneceria as lentes”, completou.

Nesse contexto, a última lente foi adquirida há quase quatro anos, com a ajuda de uma ex-patroa, no valor de R$ 2.500, mas com o tempo tudo se deteriora. Khione conta que elas começaram a ficar cada vez mais embaçadas e arranhadas. “Um dia, eu fui fazer a higiene da lente e percebi que ela estava trincada.”

Para resolver o problema no olho esquerdo, ela já está na fila de transplante há cerca de três anos. Sem tempo de aguardar novamente pelo sistema de saúde, a ouro-pretana decidiu tentar comprar a lente para o olho direito por conta própria, com a ajuda de amigos e moradores do distrito e da cidade. Atualmente, ela está saindo por R$ 3 mil, mas o valor é corrigido a cada trimestre. O último teste foi realizado no dia 8 de agosto/2023.

Apesar da ajuda da diretora da Escola Estadual Professora Daura De Carvalho Neto, demais colegas de trabalho e amigos, Khione segue enxergando pouco, com a ceratocone bastante avançada e sem poder usar a lente danificada. “Com uma distância de meio metro, já não consigo enxergar a fisionomia da pessoa, é por isso que eu peço a ajuda, porque na situação em que me encontro fica muito difícil trabalhar”.

Ajuda

Ajude Khione a enxergar melhor transferindo a quantia que desejar doar para a sua chave pix: [email protected]. “Conto com a ajuda de todos e todas que lerem essa reportagem e tenho fé em Deus que logo estarei enxergando melhor e trabalhando normalmente”.