Com a proximidade das eleições de 2022, entramos em um período de muitas agressões e violência moral, ficando a sociedade brasileira dividida entre os extremos que hora se apresentam como os verdadeiros salvadores da pátria. Esses extremos se utilizam da velha prática de dividir para reinar, jogando uns contra os outros, e no Brasil não podemos e nem devemos classificar partidos políticos, pessoas e movimentos sociais com rótulos pejorativos, pois cada um tem a sua legitimidade.
Devemos e temos a obrigação de respeitar as ideologias, as raças, os credos, as classes sociais e as orientações sexuais, sem distinção ou discriminação, pois somos todos brasileiros, somos todos iguais.
Não podemos permitir que essa falta de respeito venha travestida de uma “pseudoliberdade de expressão”, usada covardemente para agredir aqueles que julgamos serem diferentes, pois a liberdade de expressão não confere essa prerrogativa ou imunidade.
Vivemos a cada dia em um país mais polarizado, onde os extremos são mais evidentes e agressivos. Ainda assim, respeitar a democracia é obrigação de todos os cidadãos brasileiros, respeitando também não só as instituições constitucionais como também respeitar o seu próximo, demonstrando educação, virtude e civilidade.
É importante para a construção da paz que a sociedade organizada faça o seu papel, respeitando as diversidades, sejam elas políticas ou sociais.
É importante também, que tenhamos a consciência que os nossos políticos não vêm de outro planeta, eles saem do meio de nós e são apenas o reflexo da sociedade que os elegeram.
Sendo assim, precisamos construir uma sociedade madura, que não tenha a hipocrisia de criticar a corrupção na política enquanto paga propina em uma blitz para ser liberado, ou troque o seu voto por um benefício pessoal.
Precisamos, acima de tudo, construir uma sociedade que respeite a liberdade de opinião e lute por seus direitos através do exercício da cidadania.
*Prof. José Ricardo Bandeira
É Perito em Criminalística e Psicanálise Forense, Comentarista e Especialista em Segurança Pública, com mais de 1.000 participações para os maiores veículos de comunicação do Brasil e do Exterior. Presidente do Instituto de Criminalística e Ciências Policiais da América Latina, Presidente do Conselho Nacional de Peritos Judiciais da República Federativa do Brasil, membro ativo da International Police Association e Presidente da Comissão de Segurança Pública da Associação Nacional de Imprensa.
Deixar Um Comentário