O avanço de Itabirito para a Onda Amarela do plano Minas Consciente, no dia 29 de agosto, causou uma falsa sensação de segurança em grande parte da população. Com a reabertura de vários setores do comércio de bens e serviços, muitos se sentiram à vontade para circular pelas ruas sem o uso de máscaras e a observância das medidas preventivas, como o distanciamento social e a constante higienização das mãos.
A posterior desativação das três barreiras sanitárias que, durante quase seis meses, monitoraram a entrada de pessoas nos principais acessos à cidade, também contribuiu para uma interpretação equivocada de volta à normalidade. Na contramão das orientações de especialistas e das autoridades, é possível perceber, em alguns bares, o excesso de clientes tanto na área externa quanto interna. Imagens que circulam pelas redes sociais mostram aglomerações em festas particulares, espaços públicos e cachoeiras.
A Vigilância em Saúde alerta que, apesar da diminuição na média de novos casos e da redução no número de leitos ocupados, o coronavírus continua a circular perigosamente por Itabirito. Por isso, é necessário, mais do que nunca, que a população mantenha as normas de prevenção por mais algum tempo.
Segundo as regras do Minas Consciente, gerido pelo governo estadual, caso os índices de contaminação voltem a subir, Itabirito pode retroceder de Onda no plano e ser obrigada a retomar as medidas restritivas. Exemplo disso é o que ocorreu recentemente com os municípios de Congonhas, Entre Rios de Minas e Ouro Branco. Após avançar para a Onda Amarela, a microrregião à qual pertencem esses municípios voltou a apresentar aumento no número de casos confirmados e na ocupação hospitalar, o que os levou a retornar para a Onda Vermelha. Também vale como exemplo o que acontece atualmente em países da Europa que, embora tenham esperado uma queda mais acentuada antes de reabrir a economia, agora começam a sofrer as consequências da falta de comprometimento por parte da população.
Os números, por enquanto, são positivos em Itabirito. Dados da Vigilância em Saúde mostram que a cidade contabilizou, na semana em que avançou para a Onda Amarela, com 196 casos novos de Covid-19. Esse número baixou para 89 casos, entre 6 e 9/11, duas semanas após a migração. Também houve queda na ocupação dos leitos de UTI na Santa Casa de Ouro Preto. “Essa tendência de queda ainda é bem recente e só será mantida se não baixarmos a guarda nas medidas de prevenção”, alerta o secretário municipal de Saúde de Itabirito, Marco Antônio Félix.
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