Igreja de Nossa Senhora do Monte do Carmo

A construção desta igreja, executada por iniciativa da Ordem Terceira do Carmo, data de 1766. O primeiro risco, modificado depois por Aleijadinho, foi de Manoel Francisco Lisboa, seu pai. Além deles, outros artistas importantes trabalharam na construção e ornamentação da igreja, como o pintor Manoel da Costa Ataíde e alguns entalhadores. O acesso principal é por uma vasta escadaria de pedra, que culmina no amplo e gramado adro da igreja, com bela panorâmica da cidade.

Possui, como anexo, a casa do noviciado – que abriga hoje o Museu do Oratório – e um cemitério. Elegantemente construída em estilo rococó, possui uma fachada ricamente talhada em pedra sabão. No seu interior, vê-se logo na entrada duas pias esculpidas em pedra. Na nave há, em cada lado, três altares com imagens esculpidas em madeira e cabeça em bronze e chumbo.

Os púlpitos e os altares são do Aleijadinho. O altar-mor foi projetado pelo mestre Ataíde, com majestoso trono onde se vê, na redoma, a imagem de Nossa Senhora do Carmo e nos nichos Santa Quitéria, Santa Teresa e Santo Elias. Do teto pende um lustre de prata que pesa cerca de 30 quilos. Na sacristia há quadros do mestre Ataíde e uma pia com risco atribuído a Aleijadinho e execução de Francisco Lima Cerqueira; um crucifixo e uma banqueta em prata e imensas cômodas de madeira. A igreja é a única na cidade que possui painéis de azulejos portugueses, ilustrados com temas relativos à iconografia carmelita. Essa reunião de obras faz com que a Igreja do Carmo seja uma das mais vastas e imponentes de Ouro Preto.