Na contramão do governo, senadores sugerem prorrogar auxílio emergencial

O pagamento do auxílio emergencial termina nesta terça-feira (29) e o governo federal já anunciou que não vai propor a prorrogação do benefício criado para enfrentar a crise econômica causada pelas medidas de enfrentamento à covid-19.

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Por João Paulo Silva Publicado em 29/12/2020, 14:08 - Atualizado em 29/12/2020, 14:08
Os senadores Alessandro Vieira (Cidadania–SE) e Rogerio Carvalho (PT–SE). Crédito – Agência Senado. Siga no Google News

O presidente Jair Bolsonaro já anunciou que não haverá prorrogação do auxílio emergencial, mas que pretende aumentar o valor do programa Bolsa Família para assistir a população mais vulnerável. Já o senador Alessandro Vieira (Cidadania–SE) que foi o relator do projeto de que instituiu o auxílio em abril defende que o benefício continue sendo pago até o fim de março de 2021 e que o estado de calamidade pública também seja prorrogado até esta data.

Para Vieira, até lá, é esperado um plano concreto de vacinação e níveis mais baixos de desemprego.  

“O projeto que busca ampliar o auxílio emergencial para mais três meses, estendendo também o estado de calamidade é absolutamente indispensável, uma vez que nós não temos ainda um processo de vacinação nacional efetivo e você não teve uma tomada econômica que reinsira essas pessoas no mercado trabalho. Proteger os brasileiros é indispensável e o Senado deve se manifestar”.

O valor seria o mesmo do auxílio residual, pago desde setembro: R$ 300 para o trabalhador informal e R$ 600 para mães chefes de família.

Já o senador Rogerio Carvalho (PT–SE) defende parcelas maiores, pagas por mais tempo e para um público mais amplo. Para Carvalho, “o auxílio deve ser concedido no valor inicial de R$ 600 durante todo o primeiro semestre e incluir ainda trabalhadores da cultura e agricultores familiares”.

Carvalho defende que as medidas protetivas são urgentes, já que os desafios burocráticos, financeiros e de logística devem durar até meados do próximo ano.

As duas propostas seriam financiadas pelo aumento da dívida pública que já chega a 96% do Produto Interno Bruto (PIB). O auxílio emergencial teve um custo aproximado de 50 bilhões de reais por mês quando pago no valor integral e 25 bilhões mensais desde setembro.

Com informações da Agência Senado

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