PCMG conclui investigação sobre homicídio em Juiz de Fora e divulga imagem dos suspeitos

A Polícia Civil solicita a colaboração da comunidade e qualquer informação sobre o paradeiro dos suspeitos.

Home » PCMG conclui investigação sobre homicídio em Juiz de Fora e divulga imagem dos suspeitos
Por JornalVozAtiva.com Publicado em 13/03/2025, 13:37 - Atualizado em 13/03/2025, 13:55
Foto – Divulgação/PCMG. Siga no Google News

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu as investigações sobre o homicídio de um homem de 39 anos, ocorrido em 30 de maio de 2024, no bairro Marumbi, em Juiz de Fora, na Zona da Mata. A vítima foi encontrada sem vida dentro de um veículo de aplicativo, e a causa da morte, que inicialmente havia sido reportada como queda, foi confirmada como agressão.

Dois suspeitos – uma mulher de 30 anos e um homem de 31 – foram indiciados por homicídio qualificado, com emprego de tortura, à traição, emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima, além de concurso de pessoas.

O crime

Segundo apurações realizadas pelas equipes da 5ª e da 6ª Delegacias de Polícia Civil em Juiz de Fora, os fatos ocorreram no contexto de um "tribunal do crime", que se traduz em uma prática violenta utilizada por organizações criminosas para punir, torturar e até executar aqueles que supostamente infringem regras impostas pelo tráfico de drogas na região.

Levantamentos apontam que a vítima teria sido acusada de furtar uma ferramenta elétrica de um dos membros do grupo criminoso, o que resultou em sua sentença informal de espancamento e morte. De acordo com relatos colhidos pelos policiais, o líder do grupo, já identificado, ainda teria ameaçado matar a esposa da vítima, exigindo que ela entregasse a ferramenta furtada, além de afirmar que ficaria com a filha dela como forma de represália.

Conforme apurado, o homem foi levado a um ponto de referência do tráfico de drogas no bairro Progresso, onde foi cercado e agredido com sucessivas pancadas por alguns indivíduos, entre homens e mulheres, que utilizaram bastões e outros objetos contundentes.

De acordo com a delegada que coordenou as investigações, Bianca Mondaini, após a tortura, a vítima foi colocada em um veículo de aplicativo, já bastante debilitada e com lesões graves, o que indica que os suspeitos assumiram o risco de sua morte. Durante o trajeto para casa, o homem perdeu a consciência e faleceu antes de receber atendimento médico.

Mondaini explicou que a investigação policial apontou que a organização criminosa responsável pelo crime tem forte atuação na região. "Eles utilizam de extrema violência para controlar a comunidade local. Relatos de moradores indicam que os suspeitos têm envolvimento direto com o tráfico de drogas, homicídios e porte ilegal de armas, utilizando métodos de tortura para impor suas regras e eliminar aqueles que consideram desafetos", afirmou.

Foragidos

Diante das provas encontradas, foram expedidos mandados de prisão preventiva contra dois suspeitos: Jonathan Fernandes da Silva, de 31 anos, e Taianara Guaraciaba Gomes, de 30. A delegada detalha que Jonathan é apontado como um dos líderes do tráfico de drogas na região, sendo o principal responsável pelo tribunal do crime que resultou na morte da vítima. Taianara também teria participado diretamente das agressões e foi apontada como a proprietária da ferramenta furtada, fato que deu origem ao julgamento da vítima pelo grupo criminoso.

"A divulgação das imagens dos foragidos é necessária para atender ao interesse da sociedade e contribuir para a localização deles. A Polícia Civil solicita a colaboração da comunidade, e qualquer informação sobre o paradeiro dos suspeitos ou de outras pessoas que possam ter participado do crime pode ser repassada, de forma anônima e sigilosa, por meio do Disque Denúncia Unificado (DDU-181)", destacou Bianca.

Deixar Um Comentário