Vacina contra covid-19 totalmente nacional começa a ser testada em humanos

A SpiN-TEC foi desenvolvida na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz.

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Por João Paulo Silva Publicado em 29/11/2022, 13:44 - Atualizado em 29/11/2022, 13:44
Foto: Reprodução / TV UFMG Siga no Google News

A SpiN-TEC, primeira vacina contra a covid-19 desenvolvida com tecnologia e insumos totalmente nacionais, começou a ser testada em humanos. O imunizante foi desenvolvido no Centro de Tecnologia de Vacinas, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz.

O governo federal investiu 16 milhões de reais nos estudos para a produção do imunizante brasileiro. A produção também contou com recursos do governo do estado. O ministro da Ciência, Tecnologia E Inovações, Paulo Alvim, comenta a iniciativa que conta com parceria pública e acadêmica.

“Uma palavra chave é a convergência com um mesmo propósito: criar uma solução. A gente tem muito orgulho de ser uma solução brasileira feita por brasileiros e que chegará ao mercado por brasileiros, gerando conhecimento, riqueza, postos de trabalho e qualidade de vida para o nosso povo, com transbordamento para outras nações com certeza. A vacina traz um legado muito significativo. É do país”.

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações informou também que os testes clínicos serão realizados em três fases. As duas primeiras ocorrerão em Belo Horizonte. A primeira com 72 voluntários e a segunda com 360. Após a conclusão das fases um e dois, a Anvisa irá avaliar os relatórios para autorizar a terceira e última etapa dos testes, que reunirá de quatro a cinco mil voluntários de várias partes do Brasil.

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Paulo Alvim. Crédito - Tânia Rêgo/Agência Brasil

A Fiocruz Minas, Instituto René Rachou (IRR), explica que a vacina SpiN-TEC consiste na fusão de duas proteínas, S e N, que resultam em uma proteína “quimera”. Essa associação confere à SpiN-TEC um diferencial em relação aos demais imunizantes, que contemplam apenas a proteína S, na qual ocorrem a maior parte das mutações do vírus e a eficiência dos anticorpos neutralizantes.

Já a proteína N é menos sujeita às mutações que geram novas variantes. Dessa forma, os pesquisadores têm a expectativa de que a SpiN-TEC possa oferecer proteção contra as variantes do coronavírus. É uma vacina que atua na produção de anticorpos e também no nível celular, induzindo resposta de linfócitos Ts, células com funções imunológicas de efetuação de respostas antivirais.

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