O corpo docente da Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP) continua lutando pela melhoria das condições de trabalho. Na tarde desta quarta-feira (13/11), os professores do renomado órgão se reuniram em uma assembleia geral, no Núcleo de Conservação e Restauro, para discutir as três demandas que têm sido debatidas desde o dia 29 de outubro.
De acordo com o corpo docente, duas dessas três demandas já foram encaminhadas à presidência da FAOP. A primeira delas trata da exigência do laudo de insalubridade, devido ao fato dos professores manusearem produtos químicos constantemente.
De acordo com eles, a presidência, juntamente à SEPLAG (Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão), se comprometeu a realizar esse laudo. A segunda demanda trata da equiparação salarial aos professores da Secretaria de Educação Estadual.
“Nós conseguimos tratar de duas das três demandas que foram encaminhadas à presidência da FAOP. Hoje nós conversamos sobre a terceira que trata da ampliação da carga horária”, informaram os professores.
Como o corpo docente ainda não obteve uma resposta sobre as duas questões, foi deliberada a continuidade da greve, oficializada na última segunda-feira (08/11). A terceira, debatida mais profundamente hoje, trata da proposta de ampliação da carga horária de 24 para 30 horas semanais, além do direito ao auxílio-alimentação.
São 16 professores efetivos. Destes 11 em greve, 1 viajando para o exterior fazendo mestrado e apenas 4 não aderiram a greve, sendo 3 cargo comissionado!
Na manhã de 30 de outubro, a equipe de Redação do Jornal Voz Ativa foi informada que a presidente da entidade agendou uma reunião com os professores para às 14h do mesmo dia. O encontro aconteceria na Casa Bernardo Guimarães, no bairro Cabeças, onde está localizado o Núcleo de Conservação e Restauração da FAOP.
Professores da Fundação de Arte de Ouro Preto-MG – FAOP – em paralisação por melhores condições
De acordo com os professores, a reunião de fato aconteceu e na ocasião as demandas foram apresentadas. “Porém as justificativas da Fundação foram todas negativas”.
Uma outra reunião chegou a acontecer essa semana na SEPLAG, localizada na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, no entanto, a secretaria não concordou com nenhuma das pautas defendidas pelo corpo docente da FAOP.
“Ele propuseram o aumento da carga horária, mas sem a proporcionalidade do salário. Caso tivéssemos acatado a sugestão, passaríamos a receber o auxílio-alimentação, mas nossos salários continuariam os mesmos”.
Os professores pedem à população que entenda o posicionamento por melhores condições de trabalho e o movimento de luta. A questão coloca em risco a prática do restauro não só em Ouro Preto, mas em todo o Estado.
“Alguns professores sequer têm condições de se dirigir ao local de trabalho. Temos o salário mais baixo comparado a todos os professores de Minas. Nenhum professor do Estado recebe tão pouco quanto nós”.
Ainda de acordo com os professores, será marcada outra reunião com a presidência da FAOP.
Deixar Um Comentário