Polícia impede ação de suposta escola de formação que oferecia “facilidades” para jovens de Ouro Preto-MG

Moradores de Ouro Preto e região devem ficar alertas a empresas que oferecem facilidade para emprego de jovens   

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Por Tino Ansaloni Publicado em 26/02/2019, 11:54 - Atualizado em 03/07/2019, 21:45

A Polícia Civil, com Policiais da 5ª Delegacia Regional de Ouro Preto-MG, agiu, em conjunto com o Juizado de Menores da cidade, para que moças, rapazes e pais desses jovens, iludidos com a possibilidade de cursos rápidos e a garantia de inserção no mercado de trabalho, não fossem vítimas de estelionato.

O fato aconteceu no dia 08 de fevereiro, em sala de um prédio da Rua Alvarenga, no bairro Cabeças, alugada para a suposta empresa, que já havia, via redes sociais, angariado um bom número de jovens, interessados nas supostas vantagens oferecidas. Não foi a primeira vez que a tentativa de golpe aconteceu em Ouro Preto.

Sem apresentar aos policiais nenhum tipo de aval do Ministério do Trabalho e nem mesmo do CMDCA – Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente do município, para oferecer os cursos, a empresa oferecia cursos com pequena carga horária, não condizente com o tempo necessário para a devida formação, além de cobrar taxas para cursos e obtenção de certificados.

Alguns supostos cursos como gestão administrativa, auxiliar de contabilidade, atendente de farmácia, cuidador de idosos, marketing digital e outros, tinham carga horária de 9 a 28h, incompatíveis com o tempo necessário para uma real qualificação.

Segundo registro policial, a empresa cobrava o valor de 40,00 para um curso, 60,00 para dois cursos ou gratuidade para assistir ao curso sem ter o certificado ao final. Além de induzir os jovens e pais a pensarem na garantia de uma inserção rápida no mercado de trabalho.

Moradores das cidades de Mariana, Itabirito, Nova Era, Ouro Branco e distrito ouro-pretano de Cachoeira do Campo teriam sido vítimas do golpe. Segundo a polícia, trata-se de estelionato, pois, a suposta escola traz a ilusão de capacitação e a falsa garantia de empregabilidade, sendo que não há certificação válida.

Segundo Cláudia Martinha, coordenadora do Programa Rede Cidadã, essa instituição e o sistema “S”, ou seja, SESC, SENAI etc, são exemplos de credenciadas junto ao Ministério do Trabalho. Não se trata de simplesmente oferecer cursos para jovens, muito menos pagos.

Além disso, Martinha afirma que regras, nessas instituições devem ser seguidas, regidas por lei federal, que define 4h diárias, por 5 dias da semana de prática na empresa contratante do jovem e 1 dia na instituição formadora, que no caso é a Rede Cidadã.

“Usam da boa-fé das pessoas que necessitam de emprego e aplicam esse golpe” encerra Cláudia.

Tentamos contato, via WhatsApp com a suposta empresa que oferecia os cursos e não tivemos repostas, assim como outras pessoas nos afirmaram também só conseguirem contato pessoalmente.

No momento da ação da polícia, pelos menos 20 pessoas estavam na fila, aguardando para serem atendidas. Um veículo foi apreendido e uma funcionária da empresa fio conduzida para a delegacia para os trâmites.

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