Operação da Polícia Civil combate extração ilegal de minério em Mariana-MG
O dono de uma mineradora, sócios da empresa e um gestor ambiental foram presos. Mineradora estaria operando de maneira clandestina na região e suas atividades já haviam sido suspensas pelos órgãos competentes.
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) realizou, na manhã desta quinta-feira (23), uma operação para combater a extração ilegal de minério em Belo Horizonte, Barões de Cocais, Santa Bárbara e, principalmente, Mariana. As informações foram repassadas à imprensa, nesta tarde, pelos delegados do Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Meio Ambiente.
A Operação Curupira em referência à figura do folclore brasileiro, protetor da natureza, teve entre os seus objetivos o cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão temporária. Dentre os conduzidos estão o dono de uma mineradora em Mariana, sócios da empresa e um gestor ambiental.
O delegado Luiz Otávio Braga, da 2ª Delegacia de Crimes Ambientais da Polícia Civil pontuou que a operação não diz respeito apenas à extração ilegal de minério de ferro, mas também ao crime de falsidade ideológica. “Ou seja, a inserção de informações falsas na tentativa de obtenção do licenciamento ambiental da área”.
Foram apreendidos treze CPUs, documentações e outras mídias pertencentes à empresa. O material deverá contribuir com o aprofundamento das investigações sobre extração e beneficiamento ilícito, além do possível crime de lavagem de dinheiro. “Crimes como intervenção irregular em área de proteção permanente e recurso hídrico também estão sendo investigados”.
Ainda de acordo com o delegado, as atividades no local já haviam sido suspensas pela Secretaria de Estado de Meio-Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. “Mesmo depois da suspensão foi verificado que as atividades minerárias continuaram normalmente”, informou.
“A empresa estava, nitidamente, operando de forma ilícita. Além de ter tentado o licenciamento ambiental e não ter conseguido êxito, a fiscalização compareceu ao local, aplicou um embargo e ainda assim a empresa deu prosseguimento às suas atividades”.
O delegado informou também que essa primeira etapa da operação serviu como base para que os fatos fossem elucidados e identificados os principais envolvidos na atividade ilegal. “Essas apurações deverão levar a polícia a descobrir outras pessoas que possam ter colaborado com a liberação do falso licenciamento”.
A operação envolvendo os quatro municípios, contou com a participação de 60 policiais civis, além do apoio aéreo da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG).
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