O cardeal norte-americano Robert Francis Prevost, de 69 anos, agora conhecido como Papa Leão XIV, possui um histórico de passagens por Belo Horizonte e sua Região Metropolitana, com registros de pelo menos duas visitas, ocorridas em 2004 e 2012. Em ambas as ocasiões, sua presença esteve ligada a eventos da Ordem de Santo Agostinho, da qual era superior (prior) à época.
Em sua primeira visita à capital mineira, Prevost participou das celebrações do 70º aniversário do tradicional Colégio Santo Agostinho, localizado na Avenida Amazonas, na região Centro-Sul da cidade.
O cardeal retornou a Minas Gerais em dezembro de 2012 para mais uma visita pastoral. Na oportunidade, esteve em Mário Campos, na Grande BH, onde acompanhou a profissão religiosa de freis da ordem agostiniana.
Durante sua estadia em Belo Horizonte, o então superior da ordem visitou a Fraternidade Agostiniana do Barreiro, a paróquia Cristo Redentor, no Barreiro de Cima, o Colégio Santo Agostinho e a Paróquia Nossa Senhora da Consolação e Correia, no Bairro Santo Agostinho, na região Centro-Sul.
Agostiniano de BH vê novo pontífice como “continuação de Francisco”
O frei agostiniano Paulo Gabriel, residente em Belo Horizonte, teve a oportunidade de conviver com o agora Papa Leão XIV em diversas ocasiões e o descreve como uma “continuação de Francisco”.
“Ele é muito bem informado teologicamente, demonstra humildade e proximidade, é sério, muito espiritual e discreto em seus gestos. Francisco o escolheu para Bispo no Peru com o objetivo de fazer um contraponto aos grupos mais tradicionalistas”, relatou frei Paulo Gabriel.
Para o religioso, a eleição de Prevost pelos cardeais sinaliza uma intenção de dar seguimento à linha pastoral do Papa Francisco – uma igreja voltada para o povo, para os mais necessitados, e aberta ao diálogo macroecumênico com diversas religiões.
“Ele dará continuidade à linha de Francisco, embora sem a exuberância e a simpatia características do carisma pessoal de Francisco. Sua postura será mais contida. Acredito que isso poderá diminuir a polarização com os setores mais tradicionalistas da igreja, buscando um caminho de maior unidade interna”, avaliou o frei.
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