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Municípios de Minas buscam inclusão na rota da Estrada Real

Prefeitos dos dois municípios participaram de audiência pública da Comissão de Cultura da ALMG.

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Por João Paulo Silva Publicado em 29/04/2025, 10:07 - Atualizado em 29/04/2025, 10:07
Comissão de Cultura – debate sobre o Vale Proibido da Estrada Real. Crédito – Henrique Chendes/ALMG. Siga no Google News

Representantes dos municípios de Santa Rita do Jacutinga, Rio Preto e Santa Bárbara do Monte Verde, localizados na Zona da Mata, e Bom Jardim de Minas, no Sul do estado, reivindicaram sua inclusão no trajeto turístico da Estrada Real. O pleito foi apresentado durante uma audiência pública promovida pela Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta segunda-feira (28/4/2025).

A região, historicamente conhecida como Vale Proibido devido à intensa fiscalização imposta pela Coroa Portuguesa para coibir o contrabando de ouro e diamantes no período colonial, abriga também a Fazenda Santa Clara, um patrimônio tombado. “Ela se mantém intacta, como mostram registros do início do século passado”, destacou o proprietário José Mendes Honório Júnior.

O prefeito de Rio Preto, Antônio Márcio Vieira, enfatizou a importância da preservação da Fazenda Santa Clara, classificando a situação como um “pedido de socorro”. Ele também mencionou os parques existentes nos municípios, que oferecem atrativos como trilhas e cachoeiras.

“É um resgate cultural da nossa história que necessita do apoio desta Casa”, salientou o gestor de projetos culturais, Anibal Henrique Macedo. Ele assegurou a capacidade da rede hoteleira local e defendeu a valorização econômica da região através do turismo.

Deputado propõe visita técnica ao Vale Proibido

Maria Elizabeth Ribeiro, conselheira do Instituto Estrada Real, sugeriu que secretários municipais com expertise técnica podem desempenhar um papel crucial no fomento ao turismo, citando exemplos de iniciativas bem-sucedidas que não dependeram do apoio do Executivo estadual. “Recursos podem ser obtidos por meio de bons projetos pelas Leis Rouanet e Paulo Gustavo”, afirmou.

Apesar de concordar com a conselheira, o prefeito de Santa Rita do Jacutinga, Luiz Fernando Osório, ponderou sobre a necessidade de infraestrutura básica para atrair parcerias público-privadas. Segundo ele, projetos estão em desenvolvimento no âmbito municipal, mas carecem de suporte estadual.

Anibal Macedo complementou a discussão, explicando que a Lei Paulo Gustavo teve apenas uma edição, e a Lei Aldir Blanc destina poucos recursos para municípios de menor porte, reforçando a importância do apoio do governo estadual.

A diretora de Produtos Turísticos da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), Emanuelle Aparecida de Oliveira, defendeu o foco no turismo de experiência e elogiou as propostas dos prefeitos, colocando a Secult à disposição para auxiliar na divulgação das iniciativas.

O deputado Professor Cleiton (PV), autor do requerimento para a audiência, lembrou que o primeiro pé de café cultivado em Minas Gerais foi plantado no Vale Proibido. Ele também mencionou que Santa Bárbara do Monte Verde concedeu o título de viscondessa a Maria Teresa de Sousa Fortes, a primeira e única mulher a receber essa honraria.

O deputado ressaltou ainda que o Vale era um dos caminhos preferidos de Tiradentes e que a rica biodiversidade local foi tema de diversas obras literárias. Ao final da audiência, Professor Cleiton anunciou que irá requerer uma visita técnica da Comissão de Cultura da ALMG ao Vale Proibido.

Lideranças querem apoio para incentivar o turismo em locais com atrativos botânicos, culturais e históricos. Crédito - Henrique Chendes/ALMG.

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