Minas Gerais apresentou um incremento significativo no número de pessoas encontradas durante o primeiro trimestre de 2025. Os dados divulgados pelo Governo do estado, levantados pela Divisão de Referência à Pessoa Desaparecida (DRPD) da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), revelam um aumento de 25,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Entre janeiro e março deste ano, foram localizadas 1.572 pessoas em todo o estado, o que representa uma média de 17 por dia. Em comparação, no primeiro trimestre de 2024, foram 1.256 localizações, com uma média diária de 13.
Belo Horizonte lidera o crescimento
Na capital mineira, o cenário é ainda mais expressivo. A DRPD registrou um aumento de 31,4% no número de pessoas localizadas nos três primeiros meses de 2025, quando comparado ao mesmo período de 2024. Este indicador já havia apresentado um crescimento de 19,8% em relação a 2023. A estatística atual aponta para a localização de 385 desaparecidos em Belo Horizonte, ante os 293 registrados em 2024. Atualmente, a Divisão localiza, em média, quatro pessoas por dia na capital.
A delegada Ingrid Estevam, chefe da DRPD, atribui os resultados positivos ao reforço de medidas implementadas pela unidade a partir do ano passado.
“Desde o início de 2024, expandimos o atendimento do 0800 2828 197, canal para denúncias de desaparecimentos, e intensificamos as operações de busca. Essas ações estratégicas, felizmente, têm gerado um retorno muito positivo no que diz respeito às localizações”, enfatiza a delegada.
Polícia Civil ressalta a importância do registro de localização
A PCMG faz um alerta crucial para que, assim que uma pessoa desaparecida for encontrada, a família ou o próprio indivíduo maior de idade procure uma unidade da Polícia Civil ou da Polícia Militar para formalizar o registro de localização.
“Muitas pessoas, apesar da orientação sobre a necessidade do registro, negligenciam esse procedimento. Com isso, o desaparecimento permanece ativo nos sistemas policiais, o que pode acarretar transtornos e impedimentos, como abordagens policiais e dificuldades na emissão de segundas vias de documentos”, adverte Ingrid Estevam.
A falta de registro de localização impacta diretamente as estatísticas da Polícia Civil sobre o cenário de desaparecimentos no estado.
“Nossos números de localizações, que já são expressivos, poderiam ser ainda melhores se as pessoas desaparecidas ou seus familiares realizassem o registro. Oficialmente, a PCMG só pode considerar uma pessoa localizada após a conclusão desse registro”, conclui a chefe da DRPD.
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