“Macaco e viado”: Homem é preso em flagrante após ofender funcionário de fast-food em BH

Por João Paulo Silva Publicado em 24/11/2020, 14:51 - Atualizado em 24/11/2020, 14:56

Foto – Burger King no Via Shopping de Belo Horizonte. Crédito – Reprodução.

Cinco dias após a morte de João Beto, homem negro espancado até a morte por dois seguranças brancos numa unidade do Carrefour, em Porto Alegre (RS), o país assiste a mais uma acusação de racismo ganhar as páginas dos jornais. Nesta segunda-feira (23), um homem foi preso depois de ofender o funcionário de uma rede de fast-food em Belo Horizonte.

De acordo com o boletim de ocorrência, o funcionário do Burger King, localizado na Região do Barreiro, foi chamado de "viado" e de "macaco" após avisar que não possuía troco para uma nota de R$ 100 reais. Nesta terça-feira (24), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), informou que “o suspeito foi autuado em flagrante por injúria e encaminhado ao sistema prisional”. Ainda de acordo com a PCMG, foi arbitrada fiança, mas ele não pagou.

De acordo com o relato do homem agredido no Via Shopping Barreiro, o agressor estava na fila e, após fazer o pedido, foi informado de que não havia troco para R$ 100 no caixa. “O cliente, então, saiu da fila e foi em direção aos seus colegas e começou a dirigir ameaças e palavras com ofensas raciais, tais como 'viado' e 'macaco'. Ainda de acordo com o relatou da vítima, o homem saiu dizendo que ia "mandá-lo para o inferno logo, logo".

Já o suspeito contou uma versão diferente. De acordo com ele, os ânimos se exaltaram quando soube que não havia troco para R$ 100 e que o funcionário o chamou de "aleijado", por ter problemas nos dedos. Ele ainda negou que tenha feito ameaças ou ofensas raciais.

Por meio de nota, o Burger King afirmou que repudia todo e qualquer tipo de discriminação, seja em suas lojas ou em toda a sociedade. “A companhia informa que está ao lado de seu colaborador, prestando o suporte e apoio para garantir que todas as medidas necessárias sejam tomadas. A rede reforça que acredita e fomenta a importância de uma sociedade plural, onde todos sejam bem-vindos".

Com informações do G1