Jovem ouro-pretano que contraiu doença rara precisa da sua ajuda; saiba como e porquê contribuir

Thiago, de 22 anos, foi diagnosticado com a síndrome de Guillain-Barré, uma doença autoimune sem causa definida.

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Por João Paulo Silva Publicado em 15/10/2019, 14:44 - Atualizado em 16/10/2019, 22:13
Foto-Sem recursos financeiros, mãe e filho lutam para arrecadar fundos que contribuirão no processo de recuperação do rapaz. Crédito-Gustavo Ferreira/Jornal Voz Ativa. Siga no Google News

Foto-Maria José com o filho, Thiago.

Crédito - Gustavo Ferreira

Essa é a conta da mãe do Thiago, para quem puder ajudar:

Maria José Dias
Banco Itau
Agencia 8119
Conta 28.381-3

No próximo domingo (20/10), a partir das 12h, uma feijoada será realizada na sede da Escola de Samba “Unidos do Padre Faria”.

Os ingressos poder ser adquiridos na portaria da Sede da Escola de Samba Unidos do Padre Faria e com Maria José, mãe do Thiago, pelo telefone (31) 98854-4098.

Além disso, alguns pontos comerciais de Ouro Preto estão ajudando na arrecadação de fundos para o rapaz.

A família de um jovem de 22 anos, morador de Ouro Preto (MG), está realizando uma série de ações para arrecadar dinheiro com a intenção de facilitar e dar continuidade ao tratamento do rapaz que contraiu uma doença rara.    

https://youtu.be/fX4lI9NKYbs


Thiago Henrique Silvestre, que também é aluno da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), foi diagnosticado há cerca de dois anos, com a síndrome de Guillain-Barré (SGB), uma doença autoimune sem causa definida.

Segundo a mãe do garoto, a ouro-pretana Maria José Dias, ela só ficou sabendo da condição do filho quando ele passou a se queixar de fortes dores nas costas e a perder os movimentos dos braços e pernas.

Foto-Maria José Dias, mãe do rapaz diagnosticado com síndrome de Guillain-Barré. Crédito-Gustavo Ferreira /Jornal Voz Ativa.

O Jornal Voz Ativa visitou a família em sua atual residência. Apesar de agora, além das despesas com os medicamentos, terem de arcar com o aluguel, a mudança de casa foi uma decisão tomada para garantir uma melhor acessibilidade a Thiago.     

Maria José Dias conta que no dia que o quadro de Thiago se agravou foi preciso chamar o corpo de bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) para realizar o socorro, já que moravam em um local de difícil acesso no bairro São Cristóvão.

“No hospital, a equipe médica não conseguiu encontrar rapidamente a origem das dores e da paralisia. Demorou duas semanas para conseguirem descobrir o que realmente havia acontecido com o meu filho e ser dado o diagnóstico da síndrome de Guillain-Barré. Ficamos mais despreocupados, mas não sabíamos da gravidade da doença”.

Síndrome de Guillain-Barré

A equipe de redação do Jornal Voz Ativa entrevistou o fisioterapeuta Rogério Martins, graduado pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e especialista em Fisioterapia Neurofuncional pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO).

O profissional explica que embora a medicina ainda desconheça a sua causa específica, a Síndrome de Guillain-Barré é uma doença de caráter autoimune, marcada pela inflamação dos nervos e de suas porções próximas à medula espinhal. Suspeita-se também que a doença possa estar associada a doenças virais, como o Zika Vírus, por exemplo.     

Ainda de acordo com Martins, pós-graduado em Neurociências pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e em Fisioterapia Neurofuncional pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), a fraqueza muscular progressiva e ascendente é o principal sintoma, podendo levar a insuficiência respiratória e batimentos cardíacos irregulares.        

“Em geral, a moléstia evolui rapidamente, atinge o ponto máximo de gravidade por volta da segunda ou terceira semana e regride devagar. Por isso, pode levar meses até o paciente ser considerado completamente curado. Em alguns casos, a doença pode tornar-se crônica ou recidivar”, explicou.

Foto-O fisioterapeuta Rogério Martins explica que em alguns casos, a doença pode tornar-se crônica ou recidivar. Crédito-Reprodução.

Doença não escolhe classe social

Embora a síndrome tenha esse nome pomposo, e seja mais comum em idosos, ela não escolhe sexo, idade, etnia ou classe social para se manifestar. Em março de 2019, a doença ganhou mais visibilidade no país, após o ator Dan Ferreira que atuou na novela "Segundo Sol", da TV Globo, ser diagnosticado com a síndrome e dar entrada no Hospital Cardio Pulmonar, em Salvador.

Ações

Frente às dificuldades enfrentadas, a família se viu necessitada de realizar uma arrecadação de fundos para custear os gastos com remédios, construir uma casa adaptada e sair do aluguel.

Os familiares de Thiago já possuem o local para a construção, porém precisam juntar dinheiro para a compra dos materiais.

Feijoada

No próximo domingo (20/10), a partir das 12h, uma feijoada será realizada na sede da Escola de Samba “Unidos do Padre Faria”.

Os ingressos poder ser adquiridos na portaria da Sede da Escola de Samba Unidos do Padre Faria e com Maria José, mãe do Thiago, pelo telefone (31) 98854-4098.

Além disso, pontos comerciais de Ouro Preto estão ajudando na arrecadação de fundos para o rapaz.

“Queremos que o Thiago volte a ter uma vida normal, frequentar a escola, a fisioterapia e possa sair do leito. Toda e qualquer ajuda será sempre muito bem-vindo e que Deus possa lhes dar em dobro”, disse a mãe.

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