Iniciativa da Neo Ventures e Samarco busca desenvolver negócios a partir do aproveitamento dos rejeitos da mineração

O Desafio MinerALL conta com apoio da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia INCT MIDAS e Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN).

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Por João Paulo Silva Publicado em 20/09/2018, 20:09 - Atualizado em 02/07/2019, 00:52
MARIANA / BRASIL – 18/09/2018 – Projeto Mineral da Samarco. © Washington Alves/Light Press Siga no Google News

Foto-Visita à Cava de Alegria Sul
Crédito-Washington Alves

Nesta terça-feira (18), foi dado início às atividades do Desafio MinerALL, iniciativa da Neo Ventures e da Samarco, com apoio da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia INCT MIDAS e Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN). Dos mais de 400 estudantes inscritos no programa, 84 foram selecionados. São jovens alunos de graduação, mestrado e doutorado de diversas universidades de Belo Horizonte e região de Ouro Preto e Mariana.

Esta edição do Desafio tem como foco exclusivo o aproveitamento dos rejeitos (arenoso e lama) da Samarco em outros setores industriais, a partir da pré-aceleração de 17 tecnologias para as quais os participantes deverão realizar estudos de viabilidade técnica, socioambiental e econômica apoiados em metodologia, mentorias, treinamentos e interações com profissionais reconhecidos. Ao longo do Desafio serão realizadas bancas de avaliação, sendo uma em cada mês: outubro, novembro e dezembro. Em meados de dezembro, ocorrerá o Demoday, onde as melhores equipes farão seus pitchs para demonstrar as soluções desenvolvidas.

Durante a abertura realizada ontem (18), o diretor-presidente da Samarco, Rodrigo Vilela, deu as boas-vindas aos estudantes e destacou a importância da parceria da empresa com as universidades. “A Samarco surgiu  por meio de um desafio que era tratar, no final da década de 1970, um minério de baixo teor. Estamos trabalhando para voltar operar e sabemos que precisamos e devemos continuar inovando. Iniciativas como o Desafio MinerALL ampliam nossas alternativas para que possamos voltar a operar de uma forma ainda mais segura e sustentável”, afirmou.

Na ocasião, os alunos também participaram de dinâmicas para definição das equipes de trabalho e puderam visitar o Complexo de Germano, em Mariana, onde conheceram uma das usinas de beneficiamento de minério da Samarco, a Cava de Alegria Sul, local onde a empresa pretende depositar o rejeito quando retomar suas operações, e o Centro de Monitoramento e Inspeção (CMI), espaço onde todas as estruturas geotécnicas da Samarco são monitoradas 24 horas por dia, sete dias por semana.

A líder do Desafio MinerALL na Samarco, Alessandra Prata, destacou o nome do projeto. “O MinerALL é escrito dessa maneira para reforçar a ideia de que estamos procurando desenvolver, de forma colaborativa com vários atores da sociedade, soluções de negócios a partir dos rejeitos visando causar impactos positivos no nosso território minerador. Buscamos, pensando em conjunto, soluções não somente para a mineração, mas em especial para a sociedade.”

Dentre os benefícios para os participantes estão o acesso a metodologias de desenvolvimento: treinamentos, mentoria com profissionais reconhecidos, contato com tecnologia e inovação, certificado para aproveitamento de créditos acadêmicos, desenvolvimento de competência para trabalho em equipe, superação de desafios e aproximação com o mercado. E para as equipes finalistas, haverá a possibilidade de escalonamento, aceleração e até mesmo investimento caso as soluções sejam viáveis, além do estágio na Samarco para a equipe vencedora.

Interesse

Selecionada para o Desafio MinerALL, a estudante de Engenharia de Minas da UFOP, Nayara Maria da Silva, que é natural de Congonhas, cidade mineira do quadrilátero ferrífero, destacou a importância de repensar o rejeito. “O desafio de aproveitar o rejeito é de todo o setor da mineração. Por estarmos em uma região de extração em que o teor de minério tem diminuído cada vez mais, temos ainda mais responsabilidade de buscar uma solução”, disse.

O estudante de Engenharia Metalúrgica e de Materais da UFMG, Matheus Monjardim, ressaltou o motivo que o levou a se inscrever no Desafio. “Poder atuar no aproveitamento do rejeito para ajudar a fomentar a economia é muito importante. As mentorias que vamos receber também irão me proporcionar um crescimento profissional e isso também chamou minha atenção”.

“Queremos pensar a mineração de uma forma diferente. A ideia de transformar o rejeito em um produto e contribuir para uma mineração sustentável foi o que me levou a me inscrever no Desafio”, concluiu o graduando em Engenharia Ambiental da UFOP, Lucas Periardi do Amaral.

Além de estudantes da UFOP e da UFMG, também foram selecionados graduandos e pós-graduados do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet), da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) e do Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH).

Gerência de Comunicação Corporativa e Relacionamento Institucional/Samarco

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