Igreja Matriz de Ouro Branco é aberta ao público após restauração viabilizada pelo MPMG
Edificação construída no século XVIII passou por processo de restauro de partes importantes, como o oratório, o arco-cruzeiro, o telhado e os pisos interno e externo. Projeto recebeu recursos de medidas compensatórias ambientais por meio da plataforma Semente.
A população de Ouro Branco, na região central de Minas Gerais, recebeu de volta um dos seus principais símbolos de fé católica e de identidade cultural: a Igreja Matriz de Santo Antônio. Fechada desde maio de 2021 para um trabalho de restauração, o templo volta a receber celebrações religiosas e visitas turísticas.
A solenidade de reinauguração, realizada na última segunda-feira, 7 de outubro, contou com a presença do procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, Jarbas Soares Júnior, da promotora da comarca de Ouro Branco, Marcela Nunes, do arcebispo de Mariana, Dom José Airton dos Santos, do prefeito eleito da cidade, Sávio Fontes, do secretário municipal de cultura, Wilson Vilela, além de representantes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e do Instituto Estadual do Patrimônio História e Artístico (Iepha). A Banda de Congado São Francisco de Assis e Nossa Senhora Aparecida se apresentou no evento.
Exemplo clássico do estilo barroco, com pinturas atribuídas ao mestre Ataíde, a Matriz de Santo Antônio foi tombada pelo Iphan em 1949. Partes importantes da construção passaram pelo cuidadoso trabalho de restauração, como o oratório, o arco-cruzeiro, o telhado e os pisos interno e externo. Além disso, um moderno sistema de segurança foi instalado.
O arcebispo de Mariana, Dom José Airton dos Santos, falou sobre a importância das parcerias na restauração do monumento, com a participação da comunidade. “Toda vez que temos a restauração de um patrimônio histórico desta natureza, muitas pessoas se envolvem para colaborar. E isso envolve um tipo de participação popular. A igreja tem a cara do povo daqui. E o povo tem a cara dessa igreja aqui”, diz o arcebispo.
Medidas compensatórias
O trabalho de restauro foi viabilizado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) por meio do Semente, o núcleo de incentivo a projetos socioambientais. A execução ficou a cargo do Joaquim Artes e Ofícios, que além de trabalhar na edificação, também realizou um programa de conscientização da preservação do patrimônio histórico e cultural de Ouro Branco, com visitas guiadas e palestras.
O procurador-geral de Justiça, Jarbas Soares Júnior, ressaltou a importância do trabalho do Ministério Público de recuperação de recursos para as comunidades, por meio de medidas compensatórias. “Propomos as ações e temos utilizado os acordos. Os recursos preveem reparações e pagamento de multas indenizatórias. Esses valores de multas e indenizações são revertidos para a própria comunidade. Então é dinheiro do povo voltando para o povo”, explica.
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