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Feminicídio: Polícia Civil de Mariana-MG divulga mais detalhes sobre o assassinato de Adriana Pascoal

Adriana foi morta no dia 09 de julho de 2019, no bairro São Cristovão. Investigações duraram três meses e, de acordo com a polícia, o feminicídio ficou caracterizado pela objetificação da mulher e menosprezo do gênero.

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Por JornalVozAtiva.com Publicado em 06/09/2019, 14:46 - Atualizado em 06/09/2019, 14:46
Foto-Divulgação. Crédito-2ª DPC de Mariana Siga no Google News

Na última quarta-feira (04/09), foi apresentado à imprensa, por Marcos Vinicius Soares, titular da 3ª Delegacia da Comarca de Itabirito, mais detalhes sobre o assassinato de Adriana Aparecida Pascoal. A marianense de 43 anos morreu na madrugada do dia 09 de junho de 2019, após ter sido empurrada de uma passarela localizada na Rodovia do Contorno, no Bairro São Cristovão, em Mariana (MG), ao voltar de uma festa junina. O delegado enfatizou a “complexidade da investigação que durou quase três meses de árduo e incessante trabalho”.

As apurações da Equipe de Investigadores da Polícia Civil de Mariana embasaram o indiciamento do investigado pelos crimes de homicídio qualificado, por motivo torpe, sem possibilidade de defesa da vítima e por feminicídio, além da ocultação de cadáver.

De acordo com o Dr. Marcus Vinicius, o motivo torpe foi a tentativa de abuso sexual. “A vítima não teve possibilidade de defesa por estar embriagada, e o feminicídio ficou caracterizado pela objetificação da mulher e menosprezo do gênero”. Já a ocultação de cadáver ficou visível pela dificuldade de localização do corpo coberto parcialmente por vegetação, em lote baldio, sendo o corpo descoberto somente pela presença de urubus.

Um dos investigadores responsável pelo caso afirmou que o autor não era conhecido na região de Mariana e seu histórico criminal era originário de João Monlevade (MG). “Até chegarmos a ele, foram muitos caminhos percorridos e pessoas ouvidas. Álibis foram confirmados e outros suspeitos descartados. Somente após a identificação de um novo suspeito através de análise das cerca de 3000 fotografias do evento é que chegamos ao investigado”.

Ainda de acordo com o investigador, o autor tentou acobertar e tumultuar as investigações, ludibriando sua companheira que contava estórias repassadas por ele. “Exatamente por isso, sua companheira, ao ouvir a confissão e as ameaças feitas por ele, não teve dúvidas em revelar os fatos reais à equipe de investigadores”.

O homem de 35 anos está preso em flagrante no Presídio Regional de Mariana, pelo crime de ameaça contra sua companheira e o delegado Dr. Marcus Vinicius representou pela prisão preventiva no crime de homicídio praticado contra Adriana Aparecida Pascoal.

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